A paralisia de Bel, ou mais atualmente chamada de paralisia facial
idiopática, é uma doença aguda do nervo facial que produz perda parcial
ou total dos movimentos de um lado da face. A paralisia facial
recupera-se espontaneamente sem qualquer tratamento na maioria das
pessoas, mas não em todas.
Recursos fisioterapêuticos como exercícios faciais, biofeedback, laser,
eletroterapia, massagem e termoterapia são comumente utilizados para
acelerar a recuperação, melhorar a função motora da face, ou tratar as
seqüelas dos indivíduos que não tiveram melhora espontânea.
Este mês a Biblioteca Cochrane (Fator de impacto 2010=6,186) traz a
atualização da revisão sistemática sobre Fisioterapia na Paralisia
facial idiopática (veja aqui), primeiramente publicada em 2008.
Nesta atualização foram incluídos 12 estudos com 872 indivíduos, a
maioria com alto risco de viés. Destes, quatro estudos avaliaram a
eficácia de estimulação elétrica (313 participantes), outros três
estudos avaliaram exercícios faciais (199 participantes) e outros cinco
estudos combinaram diferentes formas de fisioterapia com acupuntura (360
participantes).
Principais evidências:
- Há evidencias de um único estudo de qualidade moderada de que os
exercícios faciais são benéficos para os casos crônicos de paralisia
facial (mais de nove meses após a paralisia);
- Há evidências de outro estudo de qualidade moderada que os exercícios
faciais podem ajudar a reduzir sincinesia motora (uma seqüela da
paralisia facial) e o tempo de melhora;
- Há dados insuficientes para se decidir se a eletroestimulação
funciona, pois foram identificados estudos com alto risco de viés que
tiveram resultados contraditórios;
- A mesma conclusão ocorreu com estudos que associaram acupuntura e
recursos fisioterapêuticos como exercícios faciais e eletroterapia;
- Não foram encontrados estudos randomizados específicos com indivíduos
com paralisia facial idiopática que avaliassem a eficácia dos demais
recursos como o laser, biofeedback, estimulação com crioterapia,
termoterapia, massagem, etc., e assim, não foi possível avaliar o risco e
efetividade destes recursos.
Conclusões:
Os exercícios faciais parecem auxiliar na melhora da função facial,
principalmente em pessoas com paralisia moderada e nos casos crônicos.
Parece também que em casos agudos (com menos de três semanas), os
exercícios faciais podem ajudara a reduzir o tempo de melhora. Porém
esta evidência ainda é frágil, e mais estudos clínicos são necessários
para melhores avaliações sobre os riscos e benefícios dos diversos
recursos fisioterapêuticos.
Fonte: http://www.fisioterapiaemevidencia.com
Prezado acadêmico anônimo:
ResponderExcluirFiquei feliz em perceber o interesse pelas informações contidas no nosso site.
Como deve ter notado, a reprodução do nosso material é autorizada desde que deixe claro a fonte da autoria do mesmo. Até esta data, não encontrei a menção do endereço de onde foi obtida esta matéria e espero que esta falta seja corrigida o quanto antes. Mais uma vez agradeço o interesse por nosso material.
Atenciosamente,
Lázaro Juliano Teixeira
www.fisioterapiaemevidencia.com
Ok prezado amigo Lázaro!
ResponderExcluirVocê está certo!
Peço desculpas pelo ocorrido, certamente foi em uma das minhas postagens que coloquei com um pouco depressa, pois como pode ver sempre tenho esse cuidado em colocar a fonte. Mas mesmo assim muito obrigado por acessar este humilde blog.
Abraços e fica aqui as minhas sinceras desculpas.
Qualquer coisa pode me escrever, que será um prazer em atendê-lo.
Abração Lázaro.
Att.
Ac. Fisioterapia Claudio Alves.