segunda-feira, 21 de maio de 2012

Diabetes aumenta risco de ombro congelado

Problemas no ombro não é a primeira coisa que passa pela nossa mente quando a maioria das pessoas pensa no diabetes
Porém, estudos descobriram uma relação entre ambos os tipos de diabetes e essa misteriosa condição nos ombros, que ocorre em três estágios: semanas de dores inexplicáveis nos ombros, seguidas por meses de rigidez "congelada" e restrição de movimentos, e finalmente um estágio de "descongelamento", no qual o movimento retorna gradualmente.
A condição, também conhecida como capsulite adesiva, aflige de 2% a 5% da população em geral, mas pelo menos 20% das pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, e o risco aumenta com a idade.
Ninguém sabe precisamente como isso é causado. Entretanto, cientistas acreditam que possa ter alguma relação com o excesso de glicose acumulado nos ombros, o que faz com que as fibras de colágeno fiquem "coladas", restringindo os movimentos. O diabetes parece desenvolver casos mais agressivos.
Porém, médicos afirmam que há medidas para conter essa condição. O controle do açúcar no sangue é um passo importante. O uso de adesivos de aquecimento e anti-inflamatórios, como aspirina e ibuprofeno, pode aliviar a dor inicial. Exercícios de alongamento em casa e fisioterapia podem ajudar a recuperar os movimentos e algumas vezes prevenir a volta dos sintomas. Injeções de cortisona não outra opção, mas alguns especialistas suspeitam que isso pode aumentar os níveis de glicose.
Quando nada mais funciona, os médicos recomendam um procedimento artroscópico de ombros, que remove tecidos de cicatrização e ligamentos livres. Estudos mostram que esse procedimento tem um alto índice de sucesso.

Fonte: New York Times

Fisioterapeuta avalia desenvolvimento motor de bebês

Bebês pequenos para a idade gestacional - ou PIG, como são chamados pelos especialistas - apresentam grandes chances de ter um desenvolvimento motor prejudicado, especialmente aqueles expostos a ambiente familiar desfavorável. Uma avaliação realizada na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) pela fisioterapeuta Denise Campos em 95 bebês apontou que os nascidos PIG apresentaram diferenças significativas no desenvolvimento motor nos primeiros meses de vida em relação aos bebês adequados para a idade gestacional, denominados AIG. Os bebês PIG consistem em um dos alvos de pesquisa do Grupo Interdisciplinar de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (Giadi) da FCM, que até o início do ano era coordenado pela neurologista Vanda Maria Gimenes Gonçalves, falecida recentemente, também orientadora da tese de doutorado defendida por Denise Campos.
Os dois grupos de voluntários da pesquisa nasceram dentro do prazo ideal de gestação, ou seja, a partir de 37 semanas. No entanto, os pequenos sofreram algum tipo de restrição de crescimento já no útero materno. Em geral, mães fumantes, com hipertensão ou com quadro de desnutrição podem ocasionar o nascimento de um bebê PIG. Esta criança, não necessariamente, nasce com baixo peso ou prematuro. Mas, a grande maioria dos bebês PIG é também baixo peso, ou seja, nascem com menos de 2,5 quilos.
Segundo Denise Campos, as principais diferenças ocorreram no segundo e sexto mês de vida da criança. Ou seja, dentro do primeiro ano, no período de maior aquisição motora dos bebês, pois justamente nesta fase eles aprendem a rolar, sentar, engatinhar e andar. "O fato de se encontrar diferenças não quer dizer que a criança irá continuar nesta mesma escala de dificuldade o resto da vida. Mas, é bom que se observe o desempenho motor deste grupo com maior rigor para que não haja um comprometimento futuro", destaca a fisioterapeuta.
Os bebês foram avaliados com a escala americana Bayley de desenvolvimento infantil, que inclui um total de 48 provas para avaliação motora dos primeiros seis meses de vida. Além de terem uma pontuação geral em níveis mais baixos, os bebês PIG também desempenharam algumas atividades com menor frequência. No segundo mês de vida, por exemplo, os movimentos alternantes para se arrastar de barriga para baixo, virar de barriga para cima e equilibrar a cabeça, ficaram aquém dos números observados nos bebês AIG. Já no sexto mês de vida, a principal dificuldade dos pequenos foi sentar-se sozinho, equilibrando por um tempo entre dois e trinta segundos. As avaliações foram feitas ainda no primeiro e terceiro meses, sendo que nesses períodos nenhuma diferença estatística foi observada.
Num segundo momento, a fisioterapeuta investigou outros fatores que poderiam contribuir para as diferenças encontradas entre os bebês PIG e AIG. Para isso, foram colhidas informações sobre as características familiares dos bebês, a partir de um questionário respondido pelos pais. Verificou-se diferença significativa quanto à ocupação materna, escolaridade materna e renda per capita, sendo que no grupo PIG houve maior frequência de mães que não trabalhavam fora de casa, que apresentavam menos de oito anos de estudo e com baixa renda familiar.
"Acreditamos que as características familiares tenham contribuído para as diferenças motoras encontradas. O ambiente em que a criança vive pode afetar seu desenvolvimento, principalmente no caso dos bebês PIG. Um ambiente rico em estímulo ajuda a minimizar os riscos de comprometimento futuro. Já o contrário, um ambiente com pouca estimulação e superproteção, pode contribuir para o atraso no desenvolvimento motor", explica Denise. Neste sentido, a pesquisa serve para destacar a necessidade de políticas públicas voltadas para a orientação dos pais, e divulgação de estratégias para estimular o desenvolvimento motor desde o nascimento, a fim de prevenir ou minimizar alterações motoras.

Fonte: Jornal da Unicamp

Pilates: desenvolvendo corpos fortes, flexíveis e saudáveis

A orientação médica diz que alimentação saudável associada à prática regular de exercícios físicos é a combinação ideal para quem busca regular o funcionamento do organismo e adquirir qualidade de vida. Melhor ainda quando essa prática esportiva, além de ajudar a enrijecer a musculatura, corrige a postura, dá mais flexibilidade, melhora a percepção corporal e o condicionamento físico, respeitando as características e limitações individuais.
A associação de todos esses benefícios é o que vem atraindo, a cada dia, mais praticantes ao Pilates, método de trabalho corporal criado pelo alemão Joseph Pilates na época da primeira guerra mundial e que já começa a ficar conhecido em Brasília. "Se inicialmente o Pilates foi utilizado por bailarinos para tratar lesões e ampliar seus limites, nos últimos dez anos tem sido difundido no mundo como um excelente aliado na reabilitação, no esporte e no fitness", esclarece Christine Marie, fisioterapeuta, instrutora de Pilates e proprietária do estúdio com seu nome.
O Pilates tem como principal objetivo a harmonização postural, trabalhando força, flexibilidade, respiração, equilíbrio, controle de centro (abdômen), eficiência e fluidez de movimento. E integra todos esses princípios com a realização do movimento. É indicado na reabilitação de lesões de joelhos, ombros e coluna (como lombalgia, cervicalgia e hérnia de disco) e outras doenças, como as fibromialgias. É procurado, também, por pessoas que desejam melhorar a qualidade de vida por atletas, para melhorar a performance corporal e a capacidade física e, atualmente, para melhorar a estética corporal.
As aulas podem ser realizadas no solo ou em aparelhos. "No nosso estúdio, as aulas são iniciadas com exercícios no solo, com ênfase na respiração, alongamentos, ativação dos músculos (principalmente do abdômen), organização dos ombros e da pelve", exemplifica Christine Marie. Nesse momento, são usados acessórios, como bolas, elásticos, rolos e flex ring, que incrementam a execução dos movimentos.
Em seguida os alunos passam para a sala de aparelhos, que são estruturas complexas que possibilitam várias modificações, possuem molas no lugar dos tradicionais pesos. As molas têm a função de oferecer auxílio ou resistência, podendo aumentar ou diminuir o grau de dificuldade dos exercícios. Os movimentos começam simples e evoluem progressivamente para exercícios avançados, elaborados e bonitos, respeitando a individualidade de cada aluno. As aulas são realizadas individualmente ou em pequenos grupos, com uma hora de duração, duas ou três vezes por semana.
Há também o Pilates Fit, uma modalidade aeróbica do método, direcionada para pessoas que buscam maior performance corporal e mais resistência física. Os exercícios são realizados em apenas um aparelho chamado Fit Reformer e todos os alunos fazem o mesmo exercício simultaneamente, em um ritmo mais rápido. O trabalho é forte e os resultados aparecem rapidamente.
O resultado de todo esse trabalho é o desenvolvimento de corpos fortes, flexíveis e saudáveis, a melhora do equilíbrio corpo e mente, e a diminuição do stress.
Um pouco mais do método Joseph Pilates foi uma criança asmática e raquítica. Orientado a buscar a cura nos exercícios físicos, dedicou-se tanto a prática desses que, aos 14 anos, pousava para quadros de anatomia. Tornou-se autodidata, estudou e praticou yoga hatha, meditação zen, exercícios gregos e romanos, e abordagem analítica do movimento humano. Foi ginasta, esquiador, mergulhador, boxeador e artista de circo. Teve a oportunidade de usar toda essa experiência com companheiros de um campo de concentração onde esteve exilado na época da primeira guerra mundial. Depois do exílio, viajou para os EUA e abriu o seu primeiro estúdio, onde o método foi inicialmente difundido. Em Nova York, Joseph Pilates tornou-se conhecido por reabilitar bailarinos de lesões traumáticas e de repetições, e por fazê-los voltar ao palco.
O método chegou ao Brasil em 1991, pelas mãos da bailarina Alice Becker, que se tornou a primeira brasileira a se certificar internacionalmente para a instrução do Pilates no país. Foi ela, também, que abriu o primeiro estúdio nacional para a prática do Pilates, em Salvador, na Bahia. Hoje, a Physio Pilates é licenciada da Polestar Education para a América Latina para a formação de instrutores. A Polestar tem sede nos Estados Unidos e contém atualmente o mais extenso currículo e a maior certificação do mundo em Pilates. "Você se sentirá melhor em 10 aulas, parecerá melhor ainda em 20 e terá um corpo novo em 30 aulas"
(Joseph Pilates, criador do método)
Nota:
Principais benefícios do Pilates:
  • - Trabalha a correção postural
  • - Aumenta a percepção corporal
  • - Melhora a capacidade física e a flexibilidade
  • - Fortalece toda a musculatura do corpo, com ênfase no abdômen.
É importante ressaltar que o método compreende a realização do movimento e a integração simultânea aos princípios, que é o grande diferencial deste. A realização do movimento por si só, mesmo que semelhante, é incapaz de produzir o resultado prometido pelo método.

Fonte: ParouTudo.com - Corpo e Saúde/ Online

Ginástica nossa de cada dia

Exercícios que ajudam a prevenir doenças osteomusculares podem se tornar obrigatórios em todo o funcionalismo.
Exercícios feitos durante um dos intervalos do trabalho para evitar doenças e reduzir o estresse podem ser obrigatórios nos órgãos públicos federais. A proposta tramita na Câmara e é de autoria do deputado Luiz Couto (PT-PB). A ideia é prevenir as Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT), provocadas pelos movimentos repetitivos no trabalho. Segundo o Ministério da Saúde, não é possível quantificar o número de casos de pessoas afetadas por essas doenças no país, mas só em São Paulo o número ultrapassa 310 mil. "Além de trabalhar com mudanças na postura corporal, o exercício coletivo no local de trabalho ajuda na interação social e reduz o nível de estresse dos funcionários", diz o parlamentar.
Segundo a proposta, os funcionários que executam atividades repetitivas deverão, a cada quatro horas de trabalho, fazer uma pausa de no mínimo 10 minutos para a prática de exercícios de alongamento, sempre com a orientação de um profissional habilitado. Apesar de a prática ainda não ser obrigatória, algumas iniciativas já começaram na Esplanada. É o caso dos servidores do Ministério do Turismo. No ano passado, eles montaram um grupo de atividades que hoje tem cerca de 285 praticantes que se exercitam pelo menos duas vezes na semana durante o horário de trabalho. Em meio a processos e pilhas de pastas de ofícios, as salas do prédio-sede, bem como as do anexo, localizadas na Asa Norte, ganharam espaço para aparelhos de educação física e alongamento. Os exercícios incluem atividade de resistência muscular, flexibilidade, abdominais, alongamento e massagem. Uma novidade que está ajudando a mudar a rotina de quem pratica as atividades em grupo.
"Depois das aulas, procurei um nutricionista para mudar meus hábitos alimentares. Hoje, minha meta é emagrecer com saúde", diz a servidora Júlia Azevedo.
"Depois de um levantamento, descobri que 40% dos funcionários do ministério sentem algum tipo de problema relacionado à má postura, como dor nas costas, nas pernas ou nos braços, muitas vezes por causa de movimentos repetitivos", diz Gustavo Moura, professor de ginástica laboral e servidor do ministério. Formado em educação física, ele foi o responsável pela iniciativa na instituição e, a partir daí, não parou mais. "Depois das aulas, conseguimos montar uma turma de corrida que se encontra todos os sábados para praticar. Já são 46 pessoas", conta, animado. Para Moura, a aprovação da lei dará mais visibilidade à importância da atividade física e estimulará mais os funcionários. Os próximos passos, segundo ele, são aumentar a frequência das aulas, que passarão a ser diárias, e a inclusão de palestras sobre qualidade de vida durante o expediente.
"Já tinha vindo de um órgão público que tinha um trabalho semelhante. Acho que é uma iniciativa necessária porque nos ajuda a dar importância aos sinais que o nosso corpo manda quando está com algum problema", afirma Luciene Rocha, que está fazendo exames médicos para entrar no grupo de corrida.
O projeto prevê ainda que os períodos preenchidos pela ginástica serão contados como tempo efetivamente trabalhado.
Acho que é uma iniciativa necessária porque nos ajuda a dar importância aos sinais que o nosso corpo manda quando está com algum problema" Luciene Rocha, servidora pública.

Correio Braziliense

Uso errado de notebooks pode causar danos na coluna

Hoje, no Brasil, o mercado de computadores portáteis está em ascensão: pela primeira vez serão vendidos mais notebooks que desktops, ou computadores de mesa. Mas esses pequenos e funcionais equipamentos podem trazer um sério risco à saúde, quando não usados de maneira correta. Isso porque é fácil se acomodar em qualquer lugar para utilizar o mínicomputador. E esse mau uso pode ter consequências graves e causar lesões por repetição, se o usuário não tiver cuidado.
Segundo o Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de São Paulo (Crefito-SP), os problemas por esforço repetitivo - que atacam punhos, cotovelos, ombros, pescoço e coluna, atingem até 80% dos usuários.
Para evitar as dores é só seguir algumas dicas importantes. Segundo o fisioterapeuta Gil Lúcio Almeida, do Crefito-SP, a posição ideal para o uso do notebook, por exemplo, é colocá-lo no colo, a uma distância que permita uma leitura confortável e ao mesmo tempo provoque a menor inclinação possível da cabeça para frente.
Há também a preocupação com a posição das mãos. O ideal é manter os dedos alinhados com o punho e tentar saber localizar de forma automática a posição das letras e números no teclado. Isso evita a inclinação maior das mãos no teclado e da cabeça sobre ele.
É recomendado quando o uso for prolongado, que o usuário coloque o notebook em uma mesa, e utilize o mouse. O fisioterapeuta indica trabalhar com fontes grandes ou maior zoom e, caso for transportar o equipamento, colocá-lo numa mochila.
"O uso de notebooks sem a observância dos devidos cuidados posturais pode ocasionar lesões por esforços repetitivos - LER. Por isso, é necessário que, dependendo da carga horária de permanência em frente ao computador, haja alguns minutos de intervalo para um alongamento do corpo - aplicação da Ginástica Laboral", sugere a tutora do Portal Educação, Bianca de Lima.

Fonte: Crefito-SP

7 saídas para a dor nas costas

1. LASER
Uma dor nas costas pode ser apagada cinco minutos depois de o paciente se submeter a um raio de luz. Nada de mágica ou ficção científica. O laser de baixa potência é uma arma promissora contra as crises que afligem a coluna, como sustentam os experimentos conduzidos pelo grupo do professor Rodrigo Martins, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Ele assina, ao lado de experts de outros países, uma revisão de estudos que avaliaram, no total, 820 pessoas. No trabalho, publicado na revista médica The Lancet, o time conclui que a laserterapia é eficaz para a dor cervical, aquela que dá o bote bem na altura do pescoço. “O laser pode ser indicado nos quadros crônicos, tanto para a dor cervical quanto para a lombar”, afirma Martins.
Antes, é preciso lembrar que qualquer dor nas costas exige investigação. “As causas são múltiplas: má postura, desgaste nas articulações, hérnias de disco”, já avisa o ortopedista Elcio Landin, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Às vezes o endereço do problema nem é a própria coluna. No entanto, quando a tortura mora mesmo ali, muita gente encara um desconforto persistente. É que, como consequência, a musculatura local passa a hospedar uma inflamação constante. Esse fenômeno, que semeia a agonia, é o alvo do raio laser. “Após ser absorvida pelo organismo, a luz inibe a produção de substâncias inflamatórias que sensibilizam a região à dor”, explica Martins. “Ela também retardaria a fadiga muscular, melhorando o aporte de sangue.” Assim, os músculos que amparam a coluna permanecem mais resistentes. A grande vantagem, porém, reside em outro ponto. “Quando administrado em dose adequada, o laser não surte efeitos adversos”, diz o professor. Se pensarmos em dores crônicas, isso significa uma revolução. Afinal, o uso contínuo de drogas anti-inflamatórias oferece riscos ao estômago, ao fígado e aos rins.
O paciente passaria por entre seis e 12 sessões, de acordo com a intensidade do problema. Cada uma dura de dez a 30 minutos. O laser não aquece a pele nem a machuca. No fim do tratamento — que não dispensa a identificação e a correção da causa da dor —, o suplício tende a ceder. “O laser não irá reverter uma hérnia de disco, mas pode controlar uma dor por vezes incapacitante”, exemplifica o pesquisador. No Brasil ainda não há uma legislação específica para laserterapia, mas já existem diretrizes internacionais que orientam as aplicações. Martins defende que o método, já disponível em algumas clínicas particulares, deveria ser adotado pelo sistema público de saúde, uma vez que também pouparia milhões de reais aos cofres do país.
2. IOGA Um estudo da Universidade de West Virginia, nos Estados Unidos, acaba de mostrar que o método presta um enorme serviço à região lombar. De 90 portadores de lombalgia recrutados para o trabalho, aqueles que se dedicaram à ioga duas vezes por semana durante seis meses relataram a remissão da dor. De onde vem a melhora? “A ioga diminui o estresse, relaxa os músculos tensos e fortalece os flácidos, além de restabelecer a postura”, responde o educador físico e professor de ioga Marcos Rojo, da Universidade de São Paulo. É um antídoto para conter ou prevenir acessos de dor. A quem sofre do problema, o conselho é optar pelas linhas mais tradicionais. “Elas são as que mais favorecem o relaxamento, a postura e a concentração por meio de exercícios leves que respeitam as limitações de cada um”, diz Rojo.
3. TERAPIA POSTURAL No final do século 19, Frederick Alexander (1869-1955), um ator australiano que recitava Shakespeare, desenvolveu um método para banir a tensão que o fazia perder a voz no meio das apresentações. Décadas depois, a terapia batizada com o seu sobrenome ganha aval de uma pesquisa, publicada no respeitado British Medical Journal, para botar a coluna no eixo. Um time da Universidade de Southampton, na Inglaterra, atestou, após avaliar 579 pessoas, que a técnica Alexander melhora em até 40% os quadros de dor crônica. “A média de dias de sofrimento relatada pelos voluntários caiu de 21 para três por mês”, conta o autor, Paul Little. As sessões são divididas em dois momentos. “No primeiro, o paciente fica deitado e o terapeuta usa as mãos para desfazer pontos de tensão”, conta o educador físico Hélio de Oliveira, da Associação Brasileira da Técnica Alexander. “No segundo, na frente de espelhos, o indivíduo trabalha a postura e a respiração sentando- se e levantando-se.” Essas lições são levadas para o dia a dia e ajudam a criar consciência corporal. “Elas visam aliviar a tensão muscular e corrigir a postura”, diz Oliveira. Todo o aprendizado dura de seis meses a um ano.
4. TAI CHI Que tal enfrentar a dor nas costas praticando uma arte marcial? Não estamos falando de saltos e golpes, mas de uma técnica nascida na China que prioriza movimentos em câmara lenta, o tai chi chuan. Sua filosofia até prevê combates. Só que, para quem pretende usá-lo com fins terapêuticos, uma luta é coisa rara. Seu potencial para golpear lombalgias e afins está sendo mensurado por um trabalho da Universidade de Sydney, na Austrália. O interesse, é claro, vem da observação de que os praticantes raramente reclamam da coluna. “Os exercícios realizados se valem, por exemplo, de alongamentos e rotações”, descreve Ângela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan. “O tai chi permite que o indivíduo tome consciência de uma postura correta, fortalece a musculatura das costas e estimula um maior espaçamento entre as vértebras”, explica. Por essas e outras, Ângela e sua equipe mantêm há quatro anos uma parceria de sucesso com o serviço de geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Se houver acompanhamento médico e orientação de um instrutor, a técnica está liberada para jovens e idosos”, afirma a especialista.
5. EXERCÍCIO FÍSICO Aquela história de repouso absoluto para quem tem dores nas costas, sobretudo as musculares, não está mais com nada. É óbvio que ninguém em meio a uma crise deve correr por aí ou puxar ferro. Mas, quando a situação está sob controle, o exercício físico é fundamental. Depois de acompanhar 240 voluntários com lombalgias crônicas, pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, notaram o seguinte: quem frequentava a academia quatro vezes por semana apresentava um índice 28% menor de sintomas dolorosos. “Os exercícios aumentam a força, a elasticidade e a resistência dos músculos ao redor da coluna, permitindo que ela suporte cargas inevitáveis no dia a dia”, explica o fisiatra e reumatologista José Maria Santarém, diretor do Instituto Biodelta, na capital paulista. A musculação, não custa frisar, requer mais do que nunca a instrução de um educador físico. “Os equipamentos, as cargas e os movimentos devem ser adaptados para cada pessoa”, avisa Santarém. E um dos principais objetivos deve ser trabalhar o abdômen. “Quando sua musculatura está flácida, todo o esforço para sustentar as costas recai sobre a lombar”, explica Ricardo Cury. As atividades aeróbicas, como caminhada, corrida e companhia, também cobram cuidados, mas são úteis porque atuam no controle do peso — e a barriga é inimiga da coluna. Esportes aquáticos são recomendáveis, por sua vez, porque sob a água o impacto é reduzido e cai a probabilidade de uma complicação. A academia só não é um ambiente ideal para alguns casos de hérnia de disco, em que o risco de um estrago maior não justifica o suor da camisa. Aliás, atenção: antes de se matricular em uma, vale consultar o médico.
6. ACUPUNTURA As agulhas já estão no pelotão de elite para suprimir as aflições da coluna. E, agora, recebem o apoio de um estudo do Group Hea l th Research Institute, em Seattle, nos Estados Unidos, que analisou a terapia em mais de 600 pessoas com lombalgias e que nunca haviam recorrido às espetadas. “Ao final da experiência, notamos que, durante um breve período, o método reduziu as dores de um entre cinco voluntários”, conta o líder do trabalho, Daniel Cherkin. “Um entre oito indivíduos relatou o controle da dor por pelo menos um ano”, completa. O achado estimula o uso da técnica em adultos que padecem de quadros crônicos. “O tratamento tradicional tem melhores resultados quando aliado à acupuntura”, observa o fisiatra Marcelo Saad, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “Mas atenção: a acupuntura só é indicada quando o problema não é cirúrgico”, avisa o médico acupunturista Ysao Yamamura, chefe do Grupo de Acupuntura da Universidade Federal de São Paulo. A duração da terapia depende da gravidade do problema e os intervalos entre as sessões costumam ser menores enquanto o paciente está em crise. Os pontos onde as agulhas são inseridas também variam: podem ser aplicadas nas costas, nas mãos, nos pés e nas orelhas. “Esses pontos promovem a liberação de endorfinas, substâncias que aliviam a dor e proporcionam sensação de bem-estar”, explica Yamamura. Além disso, o tratamento ajuda a gerenciar o estresse, outro fator que contribui para perpetuar dores na coluna. Testes com ratos sugerem ainda que as agulhas teriam um efeito anti-inflamatório.
7. SEM CIGARRO E BOM SONO Estamos cansados de ouvir que o tabagismo prejudica os pulmões e o coração. Os fumantes, porém, nem suspeitam que suas tragadas também conspiram contra a coluna — a deles e a de quem inala suas baforadas. É o que revela uma revisão de mais de 80 estudos realizada pelo Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional. “Fumar pode ser um fator de risco para dores nas costas porque tem efeitos nocivos sobre a circulação do corpo inteiro”, afirma um dos autores, Rahman Shiri. E a musculatura das costas, você já viu, carece de sangue para manter-se firme e forte. O surpreendente é que a influência do tabaco é ainda mais intensa entre os adolescentes. “Ainda não sabemos o porquê, mas eles podem ser mais sensíveis à nicotina”, diz Shiri. É possível ainda que quem fuma seja mais sedentário, o que por si só aumenta o risco de panes nas costas. Há outros fatores relacionados ao estilo de vida que precisam ser considerados. A mesma entidade finlandesa também concluiu, em outro levantamento, que um sono de má qualidade patrocina ofensivas contra a coluna dos jovens, especialmente entre as meninas. Para a fisioterapeuta especialista em sono Silmara Bueno, de São Paulo, a explicação não estaria tanto nas horas em claro, mas nas posturas inadequadas quando pregamos os olhos. “Evite dormir de barriga para cima ou para baixo e na posição fetal”, aconselha. “Para afastar dores na lombar, a melhor opção é a posição lateral.” Dá até para adotar um travesseiro de corpo, um rolinho que é abraçado e posicionado entre os joelhos. O travesseiro para a cabeça, aliás, deve formar um ângulo de 90 graus entre a cachola e o ombro, o que bota para correr a dor cervical. Uma coluna saudável também demanda noites de paz.

Fonte: Saúde é Vital

Fisioterapeuta avalia desenvolvimento motor de bebês

Bebês pequenos para a idade gestacional - ou PIG, como são chamados pelos especialistas - apresentam grandes chances de ter um desenvolvimento motor prejudicado, especialmente aqueles expostos a ambiente familiar desfavorável. Uma avaliação realizada na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) pela fisioterapeuta Denise Campos em 95 bebês apontou que os nascidos PIG apresentaram diferenças significativas no desenvolvimento motor nos primeiros meses de vida em relação aos bebês adequados para a idade gestacional, denominados AIG. Os bebês PIG consistem em um dos alvos de pesquisa do Grupo Interdisciplinar de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (Giadi) da FCM, que até o início do ano era coordenado pela neurologista Vanda Maria Gimenes Gonçalves, falecida recentemente, também orientadora da tese de doutorado defendida por Denise Campos.
Os dois grupos de voluntários da pesquisa nasceram dentro do prazo ideal de gestação, ou seja, a partir de 37 semanas. No entanto, os pequenos sofreram algum tipo de restrição de crescimento já no útero materno. Em geral, mães fumantes, com hipertensão ou com quadro de desnutrição podem ocasionar o nascimento de um bebê PIG. Esta criança, não necessariamente, nasce com baixo peso ou prematuro. Mas, a grande maioria dos bebês PIG é também baixo peso, ou seja, nascem com menos de 2,5 quilos.
Segundo Denise Campos, as principais diferenças ocorreram no segundo e sexto mês de vida da criança. Ou seja, dentro do primeiro ano, no período de maior aquisição motora dos bebês, pois justamente nesta fase eles aprendem a rolar, sentar, engatinhar e andar. "O fato de se encontrar diferenças não quer dizer que a criança irá continuar nesta mesma escala de dificuldade o resto da vida. Mas, é bom que se observe o desempenho motor deste grupo com maior rigor para que não haja um comprometimento futuro", destaca a fisioterapeuta.
Os bebês foram avaliados com a escala americana Bayley de desenvolvimento infantil, que inclui um total de 48 provas para avaliação motora dos primeiros seis meses de vida. Além de terem uma pontuação geral em níveis mais baixos, os bebês PIG também desempenharam algumas atividades com menor frequência. No segundo mês de vida, por exemplo, os movimentos alternantes para se arrastar de barriga para baixo, virar de barriga para cima e equilibrar a cabeça, ficaram aquém dos números observados nos bebês AIG. Já no sexto mês de vida, a principal dificuldade dos pequenos foi sentar-se sozinho, equilibrando por um tempo entre dois e trinta segundos. As avaliações foram feitas ainda no primeiro e terceiro meses, sendo que nesses períodos nenhuma diferença estatística foi observada.
Num segundo momento, a fisioterapeuta investigou outros fatores que poderiam contribuir para as diferenças encontradas entre os bebês PIG e AIG. Para isso, foram colhidas informações sobre as características familiares dos bebês, a partir de um questionário respondido pelos pais. Verificou-se diferença significativa quanto à ocupação materna, escolaridade materna e renda per capita, sendo que no grupo PIG houve maior frequência de mães que não trabalhavam fora de casa, que apresentavam menos de oito anos de estudo e com baixa renda familiar.
"Acreditamos que as características familiares tenham contribuído para as diferenças motoras encontradas. O ambiente em que a criança vive pode afetar seu desenvolvimento, principalmente no caso dos bebês PIG. Um ambiente rico em estímulo ajuda a minimizar os riscos de comprometimento futuro. Já o contrário, um ambiente com pouca estimulação e superproteção, pode contribuir para o atraso no desenvolvimento motor", explica Denise. Neste sentido, a pesquisa serve para destacar a necessidade de políticas públicas voltadas para a orientação dos pais, e divulgação de estratégias para estimular o desenvolvimento motor desde o nascimento, a fim de prevenir ou minimizar alterações motoras.

Fonte: Jornal da Unicamp

10 motivos para dor na coluna

A coluna é responsável por manter o corpo de pé, mas cobra um preço alto pela tarefa. As dores nas costas figuram entre as primeiras causas de afastamento do trabalho e de aposentadoria por invalidez. Mas por que as costas doem tanto?
O caderno Vida conversou com especialistas para identificar os 10 grandes inimigos. Pesquisas indicam que o maior vilão é a predisposição genética, em 70% dos casos. Hábitos e pequenos deslizes na rotina colaboram para agravar o tormento. Saiba como evitá-los.
Os grandes vilões
As dores nas costas roubam qualidade de vida, mas podem desaparecer com alguns cuidados simples. Essa máxima é defendida por especialistas que atribuem aos maus hábitos a maior parte dos males da região compreendida entre o pescoço e as nádegas.
Ficar atento a detalhes como a posição ao sentar-se evita problemas crônicos e traz alívio rápido, como exemplifica o ortopedista Edilson Machado, membro da Sociedade Mundial de Coluna:
– A mochila com o material escolar deve ter, no máximo, 10% do peso da criança e ficar sempre bem firme junto ao corpo. Quando pesada demais ou solta, pode causar lesões agudas como entorses e distensões. A postura inadequada também causa desvios posturais crônicos, de difícil tratamento no futuro – alerta.
Grande parte das dores nas costas advém de problemas musculares, cuja solução passa por sessões de fisioterapia. Antes de o tratamento começar, no entanto, é necessário fazer uma avaliação postural adequada. De acordo com o resultado do exame, serão priorizados grupos musculares específicos relacionados com a dor.
A coluna é como um mastro de navio, que se mantém em pé e firme contra as forças externas. Em vez de cordames, temos músculos. Na fisioterapia, trabalha-se com dois focos: primeiro reduzimos a inflamação. Em seguida, fortalecemos os músculos para sustentarem melhor a coluna. O objetivo é acabar com a dor a longo prazo.
1 Mochila
O acessório é o principal vilão das costas de crianças e adolescentes. O peso excessivo e a frouxidão das tiras que o sustentam nos ombros podem causar lesões agudas, como estiramento de ligamentos, além de estimular a formação de uma postura inadequada, provocando problemas crônicos ao longo dos anos. Para evitar danos, siga algumas orientações:
- A mochila deve ter, no máximo, 10% do peso da criança e apresentar uma tira de suporte na cintura, além das outras duas que a sustentam nas costas.
- Dê preferência aos modelos acolchoados, justos ao corpo, para não balançarem durante o caminhar.
- A melhor opção são as pastas com rodinhas, que aliviam bastante o peso.
- Se for com rodinhas, preste atenção na alça: deve ficar em uma altura confortável para o estudante. Se for baixo demais, a criança terá de se curvar, e isso pode causar problemas.
2 Calçados
Calçados inadequados podem repercutir na saúde da coluna. Os especialistas condenam os extremos: saltos altos ou baixo demais, como as rasteirinhas. Ambos podem provocar sobrecarga na coluna e nos pés. Evite usá-los ou, pelo menos, tente não calçá-los diariamente.
Palmilhas ajudam a manter o pé mais firme no sapato – mas só as adote após orientação médica. O calçado ideal deve ter um salto nem tão alto nem tão baixo. Tênis de corrida podem ser adotados para o uso diário, mas não podem ter o amortecedor alto a ponto de deixar o pé inclinado como uma espécie de salto alto.
3 Sedentarismo
Quem passa horas sentado tende a ter mais dores. Isso porque o sedentarismo enfraquece a musculatura e provoca aumento de peso, uma combinação explosiva. Sem força e com sobrepeso, cresce a pressão do corpo sobre as vértebras (estruturas ósseas que formam a coluna). Essa pressão espreme o chamado disco vertebral, cartilagem que dá flexibilidade às costas.
As lesões mais comuns entre os sedentários ocorre na região lombar. O sedentarismo também acentua problemas de postura. Ao assistir à TV por horas a fio ou passar o dia na frente do computador, a coluna se adapta às posições inadequadas que podem causar desconforto.
4 Predisposição genética
Estudos recentes indicam que a genética é responsável por 70% dos casos de degeneração da coluna ou problemas como hérnia de disco. Os 30% restantes são resultado de maus hábitos como sedentarismo e falta de alongamento, por exemplo. O envelhecimento também tem sua parcela de culpa. Com o passar dos anos, os discos vertebrais começam a secar e a rachar, o que favorece o aparecimento de hérnias de disco. A forte influência dos genes não deve ser encarada como uma desculpa para relaxar nos cuidados com as costas. Se você está com dor, procure um especialista.
5 Altura diferente das pernas
Pessoas com um desnível de mais de 30 milímetros entre uma perna e outra têm mais chances de sofrer dores nas costas. Ao caminhar, o paciente é obrigado a inclinar o corpo para um dos lados, na tentativa de compensar a discrepância na altura, o que pode provocar um intenso desconforto. Nesses casos, o uso de palmilhas é recomendado, mas deve ser sempre acompanhado de alongamentos e de reforço muscular. Mas a cirurgia não pode ser descartada. Existem técnicas capazes de reduzir a diferença de altura das pernas e evitar que o indivíduo incline o corpo.
6 Atividade física mal executada
Exercícios físicos são muito bons para manter a saúde das costas, mas quando mal executados se tornam vilões. Abdominais devem ser feitos com a perna dobrada e elevação suficiente para que o músculo se contraia, sem forçar as costas. Quando o exercício é feito com a perna esticada, exige-se das costas, o que pode provocar dor.
Para a prática de esportes que envolvem rotação do tronco, como tênis e squash, faça um preparo específico para a musculatura lombar, dorsal e abdominal. Na natação, evite levantar demais a cabeça e não deixe as pernas afundarem. Antes de escolher uma atividade física, busque sempre a orientação prévia de um profissional. 7 Obesidade
O sobrepeso é um grande inimigo. A cada dois quilos a mais do que o ideal, o risco de problemas aumenta em 5%. O peso em excesso dificulta a manutenção de uma boa postura. Para evitar incômodos desnecessários, faça exercícios físicos orientados e cuide da alimentação. Fuja de comidas gordurosas e calóricas. Em casos de obesidade severa, procure um médico para avaliar a necessidade de cirurgia.
8 Gravidez
Muitas mulheres reclamam de dor durante a gestação. A primeira impressão é de que o peso seria o grande culpado, mas não é. Apesar de a balança influenciar nas estatísticas, a causa principal é outra. Grande parte das grávidas sente o problema nos primeiros meses, quando a barriga ainda não despontou. Esse é um indicativo de que as dores podem ser resultado dos hormônios liberados no início da gestação.
Para evitar o desconforto, faça atividades físicas para reforçar a musculatura e invista em exercícios de alongamento e relaxamento. Em alguns casos, especialistas recomendam até mesmo a prática de esportes mais intensos para reduzir o desconforto hormonal que se reflete nas costas.
9 O peso da idade
A coluna é alvo de doenças que aparecem em diferentes faixas etárias. Na infância e na pré-adolescência, por exemplo, é muito comum as meninas sofrerem com a espondilólise vertebral, uma falha estrutural das vértebras. Uma vértebra começa a escorregar por cima da outra, movimento que causa fortes dores.
Em pacientes com mais de 60 anos, quando a osteoporose é mais frequente, pode ocorrer o achatamento do corpo vertebral (fratura por insuficiência). É comum também ocorrer um desgaste das superfícies articulares (artrose), que causa forte desconforto e dificulta o movimento.
10 Estresse
Mal da vida moderna, o estresse mantém o corpo em estado de alerta. É como se o indivíduo estivesse constantemente sob perigo. Por causa disso, a musculatura se contrai e comprime os discos da coluna cervical, e a dor é inevitável. A dica é fazer sessões de relaxamento para aliviar a tensão. Alongamentos e reforço muscular são indicados e ajudam a reduzir o incômodo. Causas emocionais também colaboram para o tensionamento. A depressão, por exemplo, é um dos gatilhos para a dor nas costas.
Dor reincidente
Há uma região particularmente dolorida para a maioria: a lombar. Pesquisas indicam que oito entre 10 adultos sentem ou sentiram em algum momento um desconforto na região. Em alguns casos, o problema passa sem a intervenção de um médico ou fisioterapeuta. Mas metade dos pacientes voltará a ter dor. Um estudo da Universidade de Ohio (EUA) revela que uma das razões é um comportamento típico após o primeiro episódio. Com medo de sentir o desconforto novamente, as pessoas evitam movimentos bruscos e deixam de fazer exercícios. Em vez de proteger as costas, aumentam a chance de reincidência por falta de alongamento e contração excessiva.
Fonte: FISIOMED BRASIL