Problemas no ombro não é a primeira coisa que passa pela nossa mente quando a maioria das pessoas pensa no diabetes
Porém, estudos descobriram uma relação entre ambos os tipos de
diabetes e essa misteriosa condição nos ombros, que ocorre em três
estágios: semanas de dores inexplicáveis nos ombros, seguidas por meses
de rigidez "congelada" e restrição de movimentos, e finalmente um
estágio de "descongelamento", no qual o movimento retorna gradualmente.
A condição, também conhecida como capsulite adesiva, aflige de 2% a
5% da população em geral, mas pelo menos 20% das pessoas com diabetes
tipo 1 e tipo 2, e o risco aumenta com a idade.
Ninguém sabe precisamente como isso é causado. Entretanto,
cientistas acreditam que possa ter alguma relação com o excesso de
glicose acumulado nos ombros, o que faz com que as fibras de colágeno
fiquem "coladas", restringindo os movimentos. O diabetes parece
desenvolver casos mais agressivos.
Porém, médicos afirmam que há medidas para conter essa condição. O
controle do açúcar no sangue é um passo importante. O uso de adesivos de
aquecimento e anti-inflamatórios, como aspirina e ibuprofeno, pode
aliviar a dor inicial. Exercícios de alongamento em casa e fisioterapia
podem ajudar a recuperar os movimentos e algumas vezes prevenir a volta
dos sintomas. Injeções de cortisona não outra opção, mas alguns
especialistas suspeitam que isso pode aumentar os níveis de glicose.
Quando nada mais funciona, os médicos recomendam um procedimento
artroscópico de ombros, que remove tecidos de cicatrização e ligamentos
livres. Estudos mostram que esse procedimento tem um alto índice de
sucesso.
Fonte: New York Times
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