terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Entenda o que é a tendinite patelar, síndrome que afeta os joelhos

Durante os treinos, você começa a sentir uma dorzinha chata no joelho, e de repente ela piora para uma dor crônica, principalmente ao subir escadas e cruzar as pernas. Pode ser tendinite patelar, uma síndrome gerada pelo excesso de exercícios e falta de alongamento. Entenda melhor o problema com as explicações do EU ATLETA.
Dores no joelho  (Foto: Getty Images) A tendinite patelar é uma síndrome gerada pelo excesso de treinos, muitas vezes além do limite de elasticidade e resistência do tendão. A dor se localiza na inserção do quadríceps (acima da patela), no corpo do tendão ou na tuberosidade da tíbia (abaixo do joelho). Geralmente, ela começa suave e melhora durante a atividade. A tendinite patelar pode ser dividida em várias fases e as dores mais comuns são:

- Dor no polo superior ou inferior da patela, sendo a mais frequente no polo inferior da patela;
- Dor percebida no dia a dia, como por exemplo ao subir e descer escadas;
- Dor ao usar salto alto;
- Dor ao estender as pernas ou caso permaneça por um longo período sentado (perna cruzada);
- Dor no início da prática esportiva com leve limitação;
- Dor durante a prática esportiva sem limitação;
- Dor durante a prática esportiva com limitação;
- Rutura do tendão, tornando-se incapacitante.
Euatleta header causas (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Uma das causas da tendinite patelar é o overuse, ou seja, excesso de uso, além de também ser desencadeada por fraqueza da musculatura da perna e falta de alongamento. No geral, é gerada por microtraumas repetidos no decorrer dos treinamentos, que podem acontecer devido a desequilíbrios musculares ou fadiga, muito impacto, sobrecarga e aumento da intensidade de treinos, erros posturais, doenças reumatológicas e deformidades ortopédicas. Está associada ao tempo e à velocidade das atividades.
Euatleta header como evitar (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Como todos os outros problemas decorrentes de exercícios, a prevenção é a principal arma contra essa patologia, e deve englobar:
A pequena corredora acompanha os outros atletas no alongamento do Circuito do Sol de belo Horizonte (Foto: Cristiano Quintino)
- Treinamentos em superfícies de menor impacto;
- Exercícios de coordenação;
- Alongamentos para melhorar a flexibilidade muscular;
- Musculação para fortalecer os músculos;
- Correções de vícios e postura;
- Treinar corretamente, sem exageros;
- Usar tênis adequado para cada pisada.
Euatleta header tratamento (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Uma vez diagnosticada a lesão, através de uma ressonância magnética ou por exames feitos por um médico especializado, o tratamento se torna necessário, sempre respeitando a individualidade de cada pessoa. Medicamentos também podem ser administrados, mas sempre com orientação médica. Já a fisioterapia é um primeiro e indispensável passo para diminuir o quadro de dor e o déficit do atleta, realizado na avaliação da fisioterapia.

Fonte: Faça Fisioterapia.net

Lesões nervosas periféricas e a fisioterapia

Há alguns objetivos na reabilitação de Lesões Nervosas Periféricas que devem ser traçados através de uma avaliação individualizada:
- restaurar a capacidade funcional do paciente;
- auxiliar e promover o retorno do paciente as suas funções cotidianas normais;
-  ensinar o paciente a ser o mais independente possível, mesmo com suas alterações funcionais;
-  relembrar como realizar os movimentos perdidos com a lesão;
-  orientar maneiras de os familiares ajudarem o paciente;
-  ensinar exercícios para os familiares realizarem com o paciente em casa;
-  prevenir deformidades decorrentes do mau uso do membro afetado;
-  reduzir aderências da pele provenientes de cicatrizes;
-  melhorar a circulação local e global;
-  prevenir atrofia, ou seja, perda da massa muscular (parece que faz um buraco profundo na pele);
-  estimular a movimentação ativa global;
-  estimular os músculos paralisados;
-  evocar o retorno da sensibilidade;
-  fortalecer os músculos, evitando fraqueza muscular;
-  alongar os músculos pouco usados e os paralisados;
-  aliviar a dor;
-  melhorar a postura;
-  orientar órteses;
-  manter ou melhorar a função dos músculos respiratórios;
-  melhorar a coordenação motora;
-  promover a estabilidade das articulações ("juntas");
-  e, finalmente, trazer maior satisfação ao paciente.
 
 

Joelhos na Musculação

Para quem não sabe, os joelhos correspondem a 50% das consultas com médicos Ortopedistas/Traumatologistas dentro de todas as lesões músculo-esqueléticas do corpo humano. A articulação do joelho possui como principal característica a grande mobilidade. Mas em contrapartida, apresenta pequena estabilidade. Isto significa que, para termos um equilíbrio biomecânico desta articulação, os estabilizadores estáticos (ligamentos, meniscos, cápsula articular…) e os dinâmicos (músculos) precisam estar em harmonia.



O simples ato de caminharmos corresponde de 2 a 4 vezes o peso corporal na articulação intermediária do membro inferior. Atividades como agachar-se ou correr pode elevar este valor para 7 vezes o peso corporal na articulação. Estes números demonstram a importância para o cuidado com o treinamento desta articulação, para que nosso esporte não resulte em dor. Outros fatores como traumas, excesso de peso, genética, anomalias congênitas, uso frequente de corticóides, retrações e atrofias musculares, mau alinhamento ósseo, largura dos quadris e pés planos (chato), podem predispor a lesões específicas de joelhos e atrapalhar seu exercício na musculação.



Uma boa avaliação física associado ao histórico de saúde do indivíduo pode ajudar na detecção de potenciais problemas de joelhos. E isto não resultará na interrupção ou contra-indicação da musculação por exemplo. Com base nesta avaliação, treinamentos específicos serão montados, considerando o melhor ângulo de movimento nos aparelhos, ganho de flexibilidade muscular ou aumento de força muscular para um determinado músculo, além de confecção de palmilhas ou até mesmo exercícios terapêuticos com Fisioterapia, onde poderão ser utilizados a eletromiografia de superfície, eletroestimulação e propriocepção, que são exercícios que reúnem força, equilíbrio e coordenação.



Na academia, a principal dica é a orientação adequada para exercícios em cadeia cinética aberta (pés livres) e cadeia cinética fechada (pés apoiados em alguma superfície). Este último, dentro da angulação de movimento adequada, geram menores picos de pressão entre as cartilagens da patela e fêmur, prevenindo então, dores nos joelhos. Ambos poderão ser utilizados, de forma isolada ou mesmo em conjunto, basta conhecer o histórico de saúde do atleta, suas eventuais queixas de dores e o conhecimento de alguma patologia pré-existente ou potencial desequilíbrio estático ou dinâmico que possa atrapalhar o desempenho, conforme relatado anteriormente.



Sinais e sintomas como dor ao subir e descer escadas, ajoelhar, sentar e levantar após longo período, podem ser alertas de problemas não traumáticos dos joelhos. Converse com seu Educador Físico, Fisioterapeuta ou realize uma avaliação médica, pois uma simples mudança no treinamento pode prevenir futuros incômodos da articulação mais frequentadora dos consultórios médicos esportistas!

Fonte: Faça Fisioterapia.net

Canelite, o grande inimigo do corredor

Canelite, o grande inimigo do corredor
Qual o atleta que ainda não sentiu aquela dorzinha chata na região anterior da perna, mais especificamente na canela? Muito comum entre os praticantes de corrida de média e longa distância, esta dor -genericamente- recebeu o nome de canelite (Tibialgia ou Síndrome de Estresse da Tíbia Medial ou Shin Splints).

Na perna, mais precisamente na região da canela, existem dois ossos: a tíbia e a fíbula. Entre esses dois ossos estende-se um tecido resistente denominado membrana interóssea.

Quando se anda ou corre, nas etapas em que o tornozelo faz a flexão dorsal (o pé dobra-se em direção da perna), a fíbula faz um ligeiro movimento para cima como se fosse um pistão, este movimento irá gerar uma tensão na membrana interóssea. Quando este tipo de estímulo passa a ser exagerado e repetitivo, provoca um estresse constante na membrana que irá ocasionar a dor, edema local além de um processo inflamatório crônico, a canelite.

Esta dor na canela normalmente está relacionada ao impacto repetitivo da corrida. Piora gradualmente durante o início do treino, porém, em alguns casos, melhora quando o corpo está bem aquecido, retornando ao final do exercício.

Existem várias causas que podem gerar esta dor, dentre elas se destacam:

- Calçado inadequado para seu tipo de pé;
- Calçado muito novo (que ainda não foi amaciado) ou com muito tempo de uso;
- Corrida em terrenos irregulares ou superfícies muito duras;
- Fraqueza dos músculos da perna;
- Falta de alongamento da panturrilha;
- Aumento desordenado da distância, freqüência ou velocidade da corrida - treinamento sem orientação de um profissional;
- Pisada com o pé em pronação durante a corrida (repare se seu tênis fica mais desgastado na região interna);
- Calçado pouco flexível ou muito apertado ao redor dos dedos;
- Corredores iniciantes são mais propensos.

Para prevenir este tipo de problema, procure seguir os conselhos abaixo:

- Faça seu treinamento com um profissional capacitado;
- Utilize um tênis de corrida adequado para seu pé, sendo este flexível na parte frontal;
- Troque seu tênis regularmente - um tênis de corrida dura em média de 550 a 800 Km;
- Utilize palmilhas se necessário - elas podem ser feitas sob medida;
- Equilibre seu treinamento;
- Comece a correr na rua gradativamente, pois o impacto com o asfalto é grande;
- Alongue-se antes e depois da corrida;
- Não se esqueça do desaquecimento;
- Faça exercícios para fortalecimento dos músculos da perna - além da panturrilha fortaleça os músculos da região anterior da perna (movimento contrário ao da panturrilha - a ponta do pé vai em sua direção);
- Não aumente seu volume de treino drasticamente ou faça treino de velocidade prematuramente.

Em caso da dor não passar, procure um profissional qualificado (médico e fisioterapeuta do esporte)

Fonte: Faça Fisioterapia.net

Cadeia Cinética Fechada na Paralisia Cerebral Atetóide

Em 1843, Little, descreveu, pela primeira vez, a encefalopatia crônica da infância, e a definiu como patologia ligada a diferentes causas e caracterizada, principalmente, por rigidez muscular. Em 1862, estabeleceu a relação entre esse quadro e o parto anormal. Freud, em 1897, sugeriu a expressão paralisia cerebral (PC), que, mais tarde, foi consagrada por Phelps, ao se referir a um grupo de crianças que apresentavam transtornos motores mais ou menos severos devido à lesão do sistema nervoso central (SNC). 1
        Desde o Simpósio de Oxford, em 1959, a expressão PC foi definida como "seqüela de uma agressão encefálica, que se caracteriza, primordialmente, por um transtorno persistente, mas não invariável, do tono, da postura e do movimento, que aparece na primeira infância e que não só é diretamente secundário a esta lesão não evolutiva do encéfalo, senão devido, também, à influência que tal lesão exerce na maturação neurológica". A partir dessa data, PC passou a ser conceituada como encefalopatia crônica não evolutiva da infância que, constituindo um grupo heterogêneo, tanto do ponto de vista etiológico quanto em relação ao quadro clínico, tem como elo comum o fato de apresentar predominantemente sintomatologia motora, à qual se juntam, em diferentes combinações, outros sinais e sintomas. 1
 A classificação das encefalopatias crônicas da infância pode ser feita de várias formas, levando em conta o momento lesional, o local da lesão, a etiologia, a sintomatologia ou a distribuição topográfica. N apresente pesquisa preferimos uma classificação baseada em aspectos anatômicos e clínicos, por ser mais didática e por enfatizar o sintoma motor, que é o elemento principal do quadro clínico1:

1) espásticas ou piramidais;
2) coreoatetósicas ou extrapiramidais;
3) atáxicas;
4) mistas.

OBJETIVOS


         O objetivo da presente pesquisa é ressaltar a paralisia cerebral do tipo atetósica, bem como alertar aos Fisioterapeutas neuropediatras a existência e importância do uso da técnica de cadeia cinética fechada na terapêutica de crianças portadoras de tal classificação citada.

MATERIAL E MÉTODOS


    Foi realizada uma pesquisa bibliográfica que é construída partindo-se de materiais já escritos anteriormente, como livros e artigos científicos. A presente pesquisa é do tipo exploratória, que têm como proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Tem ainda como método de abordagem o dedutivo, que a partir de uma visão geral chega-se a um caso específico. A técnica de pesquisa utilizada foi a documentação indireta, que baseia-se em dados obtidos por outras pessoas,  através da pesquisa bibliográfica de  livros, revistas e outras publicações.

PARALISIA CEREBRAL NA FORMA ATETÓSICA

      A forma atetóide da PC tem sua incidência variável de um país para outro, em função dos cuidados dispensados aos recém-nascidos, pois sua etiologia está ligada a uma impregnação amarelada dos núcleos da base, causada pela icterícia neonatal grave, que geralmente vem associada à asfixia neonatal.3
        O lactante hipotônico pode evoluir para criança com atetose. Freqüentemente, os movimentos atetóides não são percebidos até que o bebê tente posturas antigravitacionais, o que vem associado à retenção de reflexos primitivos e ao desenvolvimento neuro-psico-motor. 4
      As características típicas da criança atetóide aparecem à medida que ela se desenvolve. Essas características podem ser representadas pelo tônus flutuante de extremidades, instabilidade postural, dificuldade nas aquisições motoras, presença de padrões posturais assimétricos associados a atividades reflexas, principalmente o reflexo tônico cervical assimétrico (RTCA) e o reflexo tõnico cervical simétrico (RTCS), reações de equilíbrio e de endireitamento anormais, alterações na graduação do movimento, alteração na coordenação viso-manual, movimentos involuntários e bastante desorganizados.5,6,7
        A criança atetóide não tem estabilidade durante a execução das atividades do seu dia-a-dia devido a um tônus flutuante. Associada a isso encontra-se a presença de assimetrias posturais causadas pela presença dos reflexos tônicos, levando a uma falsa aparência de estabilidade na tentativa de obter um ponto mais fixo.1,7,8,9
          No primeiro mês, há intensa hipertonia em extensão, que faz o RN assumir a posição de opistótono, com acentuação do reflexo tônico cervical, que perdura por vários meses, em vez de se atenuar e desaparecer no decorrer do segundo mês, conforme se observa nas crianças normais. Ao fim de alguns meses, em geral no decorrer do segundo ano de vida, surgem as hipercinesias difusas com caráter atetótico. A movimentação voluntária é escassa e perturbada pelas hipercinesias. A deglutição é difícil e a mastigação, em muitos casos, nunca chega a se desenvolver. No caso daqueles que conseguem falar, a articulação verbal é extremamente disártrica e dificilmente inteligível.9,10,11
  Nos casos mais leves, todas essas manifestações se apresentam atenuadas. Há atraso no ultrapassar das etapas do desenvolvimento psicomotor, notando-se como um dos primeiros sintomas a má distribuição do tônus muscular, havendo hipertonia dos eretores da cabeça e do tronco, porém bem menos intensa que a encontrada nos membros. 12

CADEIA CINÉTICA FECHADA


        Os exercícios em cadeia cinética fechada (CCF) referem-se ao movimento que ocorre quando o corpo se move sobre um segmento distal fixo. Esses exercícios são realizados em posturas funcionais com algum grau de apoio de peso e podem envolver ações musculares concêntricas, excêntricas ou isométricas. 13,14
      Além de colocar uma carga sobre os músculos, esses exercícios também colocam carga sobre ossos, articulações e tecidos moles não-contráteis, tais como ligamentos, tendões e cápsulas articulares. 13
      Embora atividades em CCF estejam geralmente associadas com função de membros inferiores (MMII), estes são também importantes na melhora da função dos membros superiores (MMSS), particularmente no desenvolvimento da musculatura da cintura escapular, por promover uma maior estabilidade, levando dessa maneira a uma funcionalidade dos MMSS para as atividades manuais. 14
      Assim sendo, os exercícios em CCF têm como função principal promover a estabilidade postural, e, conseqüentemente, melhorando a força, potência e resistência à fadiga, equilíbrio, simetria, coordenação e agilidade durante a realização de atividades funcionais. 15,16
      Acredita-se que os exercícios em CCF possam auxiliar as crianças atetóides a melhorar a estabilidade postural, devido a uma ativação dos mecanoreceptores articulares bem como a simetria dos movimentos. Proporcionam também estímulo dos proprioceptores que informam sobre a tensão muscular e dos tendões e sobre a posição das articulações. 15
DISCUSSÃO

A presença de tônus flutuante na criança atetóide ocasiona um movimento involuntário caracterizado pela contração dos músculos agonistas e liberação dos antagonistas. Portanto, ao contrair os músculos agonistas para uma movimentação funcional, a criança não consegue manter uma certa tensão muscular dos músculos antagonistas, necessária para a realização de um movimento fluente e adequado, fazendo com que ocorra a utilização de padrões de movimentos anormais, gerando os movimentos esteriotipados involuntários.
Outro fator que prejudica a realização do movimento é a inibição da relação recíproca normal entre agonista e antagonista, o que torna impossível o movimento de uma articulação sem que ocorra o movimento de toda a extremidade.
Assim, se há um tônus muscular anormal, pode haver um movimento desordenado, um repertório de movimentos limitados produzindo um input sensorial anormal ao sistema nervoso central, e a presença inadequada das reações de equilíbrio, acentuando a presença dos padrões de movimentos anormais.
A presença da alteração na coordenação visomotora contribui para a realização de movimentos anormais, pois não vai haver movimentos independentes de olhos e cabeça e a postura assimétrica da cabeça afeta todo o equilíbrio e estabilidade postural, dificultando a realização das atividades funcionais.
 O tônus postural normal proporciona ao individuo uma estabilidade postural suficiente para mantê-lo em posturas contra a gravidade, permitindo maior seletividade dos movimentos para realização das atividades funcionais.
Normalmente as crianças com PC atetóide tem a persistência de reflexos primitivos, principalmente o RTCA e RTCS dificultando o movimento ativo dos músculos flexores do tronco e a simetria das cinturas escapular e pélvica, dificultando a seletividade dos movimentos.
Pelo fato de não integrarem os reflexos tônicos adequadamente, ocorre uma alteração na diferenciação normal de movimento, o que pode refletir na incapacidade da criança em dissociar as respostas do movimento. Em um desenvolvimento normal, a integração das reações reflexas segue uma seqüência que se correlaciona com a aquisição das habilidades motoras.
Um fator que contribui para uma dificuldade na estabilidade postural, além do tônus e da presença das assimetrias, é a dificuldade que a criança atetóide tem para se organizar e responder aos estímulos sensoriais.
Para obter melhora em relação à estabilidade postural deve ser usados os exercícios em cadeia fechada, pois esses proporcionam um apoio e descarga de peso, ocorrendo um aumento na estimulação dos mecanoreceptores que estão dentro e ao redor das articulaões, estimulando assim a co-contração muscular e promovendo dessa maneira uma melhor estabilidade articular.
Com o suporte de peso nos pés e mãos, promovida pela CCF, vai haver uma melhor distribuição do tônus, alinhamento e estímulos sensoriais ao nível das articulações, contribuindo para uma melhora da estabilidade.
A co-contração é a contração simultânea de agonistas e antagonistas que estão ao redor de uma mesma articulação e atuam para a realização de um movimento. Essa co-contração atua aumentando a rigidez articular, melhorando a estabilidade e o movimento organizado.
A distribuição do peso corporal parece ser um fator significativo que influencia a estabilidade postural. Os MMII devem contribuir para essa estabilidade na posição sentada. Contudo sua eficácia será reduzida se não houver uma ação efetiva da musculatura contra a gravidade.

CONCLUSÃO


Assim, verificando-se os efeitos da CCF na criança atetóide, preconiza-se que todas as crianças que tenham tido icterícia neonatal recebam o tratamento baseado em CCF de movimento de forma precoce, associado à simetria, para que as conseqüências das atividades reflexas e do tônus flutuante exarcebado não exerçam tanta influência nas realizações de suas atividades cotidianas.

REFERÊNCIAS


1. Rotta NT. Paralisia Cerebral, novas perspectivas terapêuticas. Jornal de Pediatria 2202; 78: 48-54.
2. Diament A, Cypel S. Neurologia Infantil.  Atheneu; 1996. p. 102-53.
3. Shepherd RB. Fisioterapia em Pediatria. 3a Ed. São Paulo: Santos, 1995.
4. Gregório C, et al. Evolução Neuromotora de um recém-nascido pré-termo e correlação com os fatores perinatais. Fisioterapia Brasil 2002; 4: 01-
5. Gauzzi LD. Classificação da Paralisia Cerebral. In Lima CLA, Fonseca LF. Paralisia Cerebral: neurologia, ortopedia, reabilitação Guanabara Koogan; 2004. p.37-43.
6. Barrionuevo ACR, Salas MAV. Clínica de la Parálisis Cerebral infantil. Revista de Neurología Clínica 2001; 2: 255-235.
7. Reed UC. Encefalopatia não progressiva da infância ou paralisia cerebral. In Bachesch, LA; Nitrini RA. Neurologia que todo medico deve saber. Santos; 1991. p. 109-117.
8. Nelson CA.  Paralisia Cerebral. In Umphred DA. Fisioterapia Neurológica. Manole; 1994.p. 237-256.
9. Lewitt S. Princípios de Tratamento. In, Lewitt S. O tratamento da paralisia cerebral e do retardo motor. São Paulo: Manole; 2004. p.  1-12.
10. Ratlife KT. Paralisia cerebral. In Ratliffe  KT. Fisioterapia Clínica pediátrica. São Paulo: Santos; 2000. p. 163-218.
11. Kisner C, Colby LA. Exercicios resistidos. In: Kisner C, Colby LA. Exercicios terapêuticos: fundamentos e tecnicas. São Paulo: Manole; 1999. p. 55-10.
12. Telg EK. Criança com atraso no desenvolvimento Sensório-psicomotor. In Souza, AMC. A criança especial. São Paulo: Roca; 2003. p. 207-211.
13. Dzienkowski R, et al. Cerebral Palsy: A comprehensive review. Nurse Practitioner, 1996.
14. Bobath B, Bobath K. Um pequeno dicionário para os pais. Mulerr M. In Apostila do curso Neuro-evolutivo de Bobath, Petrópolis, Rio de Janeiro; 2006.
15. Edwards S. Uma análise do movimento normal como base para o desenvolvimento das técnicas de tratamento. In: Edwards S. Fisioterapia Neurológica: uma abordagem centrada na resolução de problema. Porto Alegre: Artmed; 1999. p. 27-50.
16. Pereira DB. Terapia ocupacional em paralasia cerebral atetóide e atáxica. In Souza AMC; Ferraretto I. Paralisia cerebral – aspectos práticos. São Paulo: Memmon; 1998.
17. Fonseca LF. Paralisia cerebral: neurologia, ortopedia, reabilitação. Rio de janeiro:Guanabara Koogan; 1999. p.  249-253.
18. AZEVEDO JS. Fisioterapia para crianças com paralisia cerebral. In Tecklin JS. Fisioterapia Pediátrica. São Paulo: Artmed; 2002. p.  98-115.

Autor(a): Alana Moura Di Pace
                 Fabíola Mariana Rolim de Lima
                 Valéria Matos Leitão de Medeiros
                 Rosângela Guimarães

Descubra como evitar cãibras durante o exercício

caibra 300x338
A cãibra é uma dor causada por uma contração involuntária do músculo e está relacionada à diminuição do nível de alguns minerais, como potássio, magnésio ou sódio.
Exercícios exaustivos também podem produzi-la. O acúmulo de metabólitos ou substâncias que são liberadas durante o trabalho dos músculos como o ácido lático e a amônia também podem colaborar para o surgimento de cãibra.
A deficiência de minerais é provocada pela elevada eliminação de água por meio do suor que faz o corpo perder o cloreto e o sódio e também potássio.
A elevada perda hídrica e de sódio devido ao calor excessivo são os principais fatores que desencadeiam as cãibras.
Para evitá-las, recomenda-se:
- Fazer uma boa hidratação antes, durante e depois dos exercícios.
- Aumentar a ingestão de sódio e cloreto com o consumo de alimentos salgados
- Fazer durante os treinos uma alimentação rica em carboidratos, potássio e cálcio para não diminuir o rendimento e causar cãibras.


Fonte: Faça Fisioterapia. net

Atuação do Fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)




I. O que é uma Unidade de Terapia Intensiva?
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracteriza-se como um local para o adequado tratamento dos indivíduos que possuem um distúrbio clínico importante. Neste local existe um sistema de monitorização contínua que permite o rápido tratamento para os pacientes graves ou que apresentam uma descompensação de um ou mais sistemas orgânicos. A equipe que atua e presta atendimento neste local é multiprofissional, e é constituída por: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas cardiorrespiratórios, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.
II. Qual o papel do fisioterapeuta na UTI?
A fisioterapia aplicada na UTI tem uma visão geral do paciente, pois atua de maneira complexa no amplo gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização da função ventilatória. É fundamental que as vias aéreas estejam sem secreção e os músculos respiratórios funcionem adequadamente. A fisioterapia auxilia na manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois atua na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas. Ela também atua na otimização (melhora) do suporte ventilatório, através da monitorização contínua dos gases que entram e saem dos pulmões e dos aparelhos que são utilizados para que os pacientes respirem melhor. O fisioterapeuta também possui o objetivo de trabalhar a força dos músculos, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de pressão.


III. Quais recursos o fisioterapeuta utiliza nas UTIs?

O fisioterapeuta utiliza técnicas, recursos e exercícios terapeuticos em diferentes fases do tratamento, sendo necessário para alcançar uma melhor efetividade a aplicação do conhecimento e das condições clínicas do paciente. Assim, um plano de tratamento condizente é organizado e aplicado de acordo com as necessidades atuais dos pacientes, como o posicionamento no leito, técnicas de facilitação da remoção de secreções pulmonares, técnicas de reexpansão pulmonar,técnicas de treinamento muscular, aplicação de métodos de ventilação não invasiva, exercícios respiratórios e músculo-esqueléticos.

IV. Qual vantagem de ter o fisioterapeuta dentro da equipe multidisciplinar?
A presença do especialista em fisioterapia cardiorrespiratória é uma das recomendações básicas de todas as UTIs. O trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações do quadro respiratório, reduz o sofrimento dos pacientes e permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. A atuação profissional também diminuiu os riscos de infecção hospitalar e das vias respiratórias, proporcionando uma economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTIs implica em benefícios principalmente para os pacientes, mas também para o custo com a saúde num geral.

















Contribuição das Unidades Regionais ASSOBRAFIR MG e RJ Fonte: Faça Fisioterapia. net