Para quem não sabe, os joelhos correspondem a 50% das consultas com
médicos Ortopedistas/Traumatologistas dentro de todas as lesões
músculo-esqueléticas do corpo humano. A articulação do joelho possui
como principal característica a grande mobilidade. Mas em contrapartida,
apresenta pequena estabilidade. Isto significa que, para termos um
equilíbrio biomecânico desta articulação, os estabilizadores estáticos
(ligamentos, meniscos, cápsula articular…) e os dinâmicos (músculos)
precisam estar em harmonia.
O simples ato de caminharmos
corresponde de 2 a 4 vezes o peso corporal na articulação intermediária
do membro inferior. Atividades como agachar-se ou correr pode elevar
este valor para 7 vezes o peso corporal na articulação. Estes números
demonstram a importância para o cuidado com o treinamento desta
articulação, para que nosso esporte não resulte em dor. Outros fatores
como traumas, excesso de peso, genética, anomalias congênitas, uso frequente de corticóides,
retrações e atrofias musculares, mau alinhamento ósseo, largura dos
quadris e pés planos (chato), podem predispor a lesões específicas de
joelhos e atrapalhar seu exercício na musculação.
Uma
boa avaliação física associado ao histórico de saúde do indivíduo pode
ajudar na detecção de potenciais problemas de joelhos. E isto não
resultará na interrupção ou contra-indicação da musculação por exemplo.
Com base nesta avaliação, treinamentos específicos serão montados,
considerando o melhor ângulo de movimento nos aparelhos, ganho de
flexibilidade muscular ou aumento de força muscular para um determinado
músculo, além de confecção de palmilhas ou até mesmo exercícios
terapêuticos com Fisioterapia, onde poderão ser utilizados a
eletromiografia de superfície, eletroestimulação e propriocepção, que
são exercícios que reúnem força, equilíbrio e coordenação.
Na
academia, a principal dica é a orientação adequada para exercícios em
cadeia cinética aberta (pés livres) e cadeia cinética fechada (pés
apoiados em alguma superfície). Este último, dentro da angulação de
movimento adequada, geram menores picos de pressão entre as cartilagens
da patela e fêmur, prevenindo então, dores nos joelhos. Ambos poderão
ser utilizados, de forma isolada ou mesmo em conjunto, basta conhecer o
histórico de saúde do atleta, suas eventuais queixas de dores e o
conhecimento de alguma patologia pré-existente ou potencial
desequilíbrio estático ou dinâmico que possa atrapalhar o desempenho,
conforme relatado anteriormente.
Sinais e sintomas como
dor ao subir e descer escadas, ajoelhar, sentar e levantar após longo
período, podem ser alertas de problemas não traumáticos dos joelhos.
Converse com seu Educador Físico, Fisioterapeuta ou realize uma
avaliação médica, pois uma simples mudança no treinamento pode prevenir
futuros incômodos da articulação mais frequentadora dos consultórios
médicos esportistas!
Fonte: Faça Fisioterapia.net
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