terça-feira, 1 de novembro de 2011

Como aliviar a coceira dentro do gesso

Ataques de coceira praticamente intoleráveis são muito comuns em pessoas usando gesso por conta de fratura em ossos, mas é preciso ter cuidado ao coçar a região incômoda, é o que diz um especialista no assunto.

"Nunca enfie algum objeto dentro do gesso para coçar a região que incomoda. Nunca mesmo. Já tive de remover gessos para retirar diferentes tipos de objetos – lápis, palitinhos chineses, garfos e até escovas", relata Paul Printz, cirurgião ortopédico do Gottlieb Memorial Hospital, de Illinois (EUA).

"Os ossos podem estar se recuperando com segurança, mas técnicas para aliviar coceiras podem causar infecções e problemas sanguíneos que requerem cuidados médicos adicionais", ele adverte.

O especialista explica que a pele protegida pelo gesso se torna muito delicada e sensível, podendo se ferir facilmente. Ele aconselha a não usar nada aquecido, pois isso pode gerar umidade através da condensação. Para combater a coceira no lado de dentro do gesso, Printz sugere:

- Dar tapas leves no gesso para criar uma vibração suave

- Massagear a área exposta ao redor do gesso

- Envolver a área externa do gesso com uma bolsa de gelo ou um saco com verduras congeladas para refrescar a área incômoda

- Consultar o médico sobre a possibilidade de tomar um anti-histamínico para ajudar a aliviar a coceira

Fisioterapia Oftalmológica ou Ortóptica??

Fisioterapia ou Ortóptica??

A Ortóptica é um ramo auxiliar da oftalmologia que trata de distúrbios e defeitos da visão sensorial e motora. O ortoptista é o profissional habilitado em Ortóptica, e procura corrigir as anomalias da visão sem recorrer à cirurgia, utilizando-se de métodos de fisioterapia ocular, de exercícios, de equipamentos e ferramentas de estimulação sensorial, como lentes prismáticas e filtros.
Para ser um ortoptista é necessária graduação em curso de nível superior de Ortóptica. Algumas das matérias que fazem parte da grade curricular da maioria dos cursos são: anatomia; patologia geral; psicologia; bioquímica; biofísica; bioética; ortóptica; optometria; óptica fisiológica e psicofísica da visão, entre outros. Deve-se distinguir a ortóptica da oftalmologia, pois são dois campos distintos e ao mesmo tempo interligados, pois ambos buscam promover a saúde ocular, porém tratam de distúrbios diferentes. Esses profissionais podem, inclusive, trabalhar em conjunto em alguns casos.
A Ortóptica também é bastante confundida com a Fisioterapia Ocular, Fisioterapia Ortóptica, ou até chamada por alguns de Fisioterapia Oftalmológica, que é uma área da fisioterapia que trabalha a relação entre a visão e o equilíbrio postural. É uma área pouco difundida no meio terapêutico devido à complexidade dos exercícios oculares.
A metodologia da fisioterapia ocular esta baseada no equilíbrio da musculatura intrínseca do olho e toda sua relação com as cadeias musculares e tem como objetivos: Identificar as possíveis causas dos transtornos posturais através do desequilíbrio ocular, entender as relações entre os distúrbios visuais e os distúrbios cinéticos funcionais, assim como desenvolver habilidades no âmbito de prescrição de exercícios oculares para melhora do equilíbrio postural.
O Fisioterapeuta Ocular, é aquele que além de graduado em Fisioterapia, possui o curso de formação profissional em Fisioterapia Ocular, disponibilizados por alguns centros de formação em Fisioterapia. Esta área ainda não se tornou efetivamente uma especialização da Fisioterapia, pelo fato de não ter o reconhecimento legal.
O mercado de trabalho para a ortoptica é amplo, justamente pela falta de profissionais qualificados para atender a demanda. Muitas vezes o trabalho do ortoptista é realizado por um oftalmologista por falta de profissionais da área. Isso por que a profissão ainda não é muito difundida no Brasil e é facilmente confundida com a oftalmologia ou com a Fisioterapia.
A Ortóptica existe em diversos países do mundo, tais como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Japão, Argentina, Uruguai, França. No Brasil existe há 60 anos. Segundo o Conselho Brasileiro de Ortóptica, há cerca de 300 profissionais no país. Atualmente, existe apenas um curso superior que oferece a formação em ortoptista, na universidade do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação, no Rio de Janeiro, com duração de três anos.
A Ortóptica faz um trabalho de reabilitação, mas é uma profissão que não dependente da Fisioterapia. O profissional ortoptista é graduado em nível superior, e somente ele está apto a prevenir, diagnosticar e tratar os distúrbios da visão binocular. E por se enquadrar também na área da reabilitação, as pessoas confundem e julgam ser da competência do fisioterapeuta, este trabalho que está creditado ao ortoptista, esta é a grande luta do Conselho Brasileiro de Ortóptica.

Porém alguns Fisioterapeutas defendem que por se tratar de exercícios de cadeias musculares, utilizando recursos cinéticos funcionais e biomecânicos, também possam exercer diagnóstico, prevenção e tratamento nos musculos intrínsecos do olho. Mas o fato é que nem a Fisioterapia Ortóptica, nem a Ortóptica ainda foram reconhecidas como especialização e profissão respectivamente. Esta é uma realidade que ainda apresenta-se como uma luta do Conselho Brasileiro de Ortóptica.

Tratamento da Síndrome de Legg-Calvé-Perthes

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A síndrome de Legg-Calvé-Perthes ou doença de Perthes é uma doença degenerativa da articulação da anca (quadril em português brasileiro) em que ocorre destruição da cabeça do fémur por falta de vascularização (necrose avascular).

É frequente em crianças dos 3 aos 12 anos, embora também tenha sido descrita em outras espécies, como em cães de pequeno porte. Em casos bastante raros pode também afectar adultos. Geralmente segue um processo com várias etapas que se resolve ao fim de cerca de um ano.

Para Weinstein e Buckwalter (2000) os objetivos principais no tratamento da Doença de Legg-Calvé-Perthes são impedir a deformidade, intervir no distúrbio de crescimento e impedir a ocorrência de artropatia degenerativa.

A Doença de Legg-Calvé-Perthes é autolimitada, ou seja, apresenta resolução espontânea com reossificação completa da epífise femoral no final do processo. De maneira geral, quanto mais esférica e congruente estiver a epífise femoral em relação ao acetábulo, melhor o resultado final. Nas fases de necrose avascular e fragmentação, a cabeça femoral está suscetível à defomidade sofrendo ação das forças musculares no quadril e também da carga através da marcha. A cabeça femoral tende a subluxar expondo-a, então, à pressão do vértice acetabular, levando ao achatamento do núcleo epifisiário podendo chegar até a formação de "quadril em dobradiça". O período em que a cabeça é plasticamente deformável são as fases de necrose e fragmentação, neste período preconiza-se o príncipio da contenção da epífise femoral no acetábulo e preservação da mobilidade articular, para que a epífise reossifique esfericamente, pois o acetábulo serve de modelo. Na maioria dos casos a marcha age desfavoravelmente e, portanto, deve ser proibida, pelo menos até a reossificação do pilar lateral.

O tratamento conservador é o método de escolha para a grande maioria dos casos de doença de Legg-Calvé-Perthes. Baseia-se no repouso no leito com tração cutânea para alívio da dor, redução da sinovite e ganho de abdução para melhor centralização do quadril.

Independentemente do método utilizado, conservador ou cirúrgico, os dois princípios fundamentais para o tratamento da doença são manter a epífise femoral centrada no acetábulo e preservar a mobilidade do quadril. (Soni, Valenza e Schelle, 2004).

Para Hebert (2004) na fase inicial, o tratamento consiste em repouso, diminuição da dor e aumento da mobilidade, evitando contraturas e limitação dos movimentos e mantendo a cabeça do fêmur bem centrada no acetábulo. Convém evitar o apio do membro afetado no solo e qualquer tipo de impacto, devendo-se, no entanto, manter a mobilidade com fisioterapia, hidroterapia ou natação. A cirurgia está indicada sempre que houver risco de uma incongruência articular no futuro e baseia-se na centralização da cabeça do fêmur no acetábulo por meio de osteotomia do fêmur.

A fisioterapia depois da intervenção cirúrgica concentra-se no treino da marcha e na restauração da amplitude de movimento (ADM) e força muscular do quadril.

Burns e MacDonald (1999) relata que as intervenções cirúrgicas podem provocar numerosos problemas osteomusculares, como fraqueza dos músculos abdutores do quadril e encurtamento do membro, resultando em claudicação.

Os movimentos ativos desempenham um papel fundamental na modelagem das articulações, sendo este o motivo pelo qual o fisioterapeuta deve visar os problemas osteomusculares que acompanham a Doença de Legg-Calvé-Perthes. Entre eles cita-se a rigidez do quadril e a fraqueza muscular de abdutores e extensores de quadril, prescrevendo movimentos ativos sem provocar dor (Burns e MacDonald,1999).

A hidroterapia é um método excelente para a criança que apresenta fraqueza e limitação da mobilidade do quadril. A flutuação na água morna favorece a mobilidade ativa do quadril, diminuindo a dor e espasmo muscular. O fortalecimento da musculatura e retreinamento da marcha costumam ser mais eficazes na piscina, em virtude da resitência dinâmica oferecida pela água. A hidroterapia também é altamente benéfica para o desenvolvimento psicosocial da criança com Doença de Legg-Calvé-Perthes grave, pois ela será capaz de executar atividades funcionais com mais liberdade e eficácia na piscina, de modo a readquirir a confiança em suas capacidades funcionais. (Burns e MacDonald,1999).

É aconselhável que se prescreva também um programa domiciliar diário, constituído de exercícios capazes de aumentar a força e controle sobre a musculatura do quadril. (Burns e MacDonald,1999).

Shephered (1995) refere que o tratamento durante a fase inicial consiste em repouso, às vezes com tração sobre a pele, seguido por deambulação com o aparelho ortopédico em abdução. O tratamento estará encerrado quando a radiografia demonstrar a revascularização da cabeça femoral. A fisioterapia consiste no tratamento da marcha, tanto com o aparelho ortopédico aplicado, como após a sua retirada.

SegundoTecklin (2002) um dispositivo ortótico poderá ser utilizado por um período prolongado, até um ou dois anos. Enquanto a criança está usando a órtese e depois da cicatrização da ferida, observa-se freqüentemente a presença de limitações de ADM e déficit de força. Depois da remoção do dispositivo ortótico, a criança pode continuar a andar com uma marcha do tipo Trendelenburg por causa da fraqueza dos extensores e dos abdutores do quadril.

Imagens de séries de alongamento

Os alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento.
O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação.
Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior a sua flexibilidade.
Os alongamentos conseguem esse resultado por aumentarem a temperatura da musculatura e por produzirem pequenas distensões na camada de tecido conjuntivo que revestem os músculos.
Abaixo separamos algumas imagens de séries de alongamento para que sirva de exemplo para o seu dia a dia de profissional:

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Vários desses "mapas" podem ser utilizados. Aproveitem!

Dor no cotovelo pode vir com a prática de movimentos repetitivos

A epicondilite lateral é um processo inflamatório na região lateral (de fora) do cotovelo, mais especificamente nos tendões desta região que se inserem em uma saliência óssea chamada de epicôndilo lateral (epicondilite lateral) e, apesar do nome popular "cotovelo de tenista", esta síndrome não é exclusividade dos praticantes deste esporte. Ela acomete também quem realiza qualquer outra atividade que exija movimentos repetitivos da mão e do punho, ou seja, a pessoa pode apresentar sinais e sintomas de cotovelo de tenista sem nunca ter praticado tênis.
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Até mesmo um fotógrafo que trabalha diariamente com uma máquina profissional geralmente pesada pode desenvolver a doença. Porém nesses casos o tratamento é mais difícil ainda visto que eles geralmente não podem parar de usar aquela mão para que o processo possa se cicatrizar (o mesmo ocorre nos atletas tenistas profissionais que não podem parar de jogar, o que retarda e torna o tratamento praticamente impossível pela teimosia em continuar forçando uma região doente, ou seja, a pessoa continua forçando a inserção do tendão extensor comum dos dedos no epicondilo lateral.

A epicondilite lateral ou cotovelo de tenista, talvez, seja a lesão de cotovelo mais comum nas clínicas de fisioterapia. Existe uma gama de atividades que envolvem movimentos repetitivos, e, portanto, podem desencadear o cotovelo de tenista, entre as quais estão esgrima, golfe, tênis (entre atividades esportivas) e digitação, uso do mouse do computador, tricô, jardinagem, tocar instrumentos musicais, pintura e marcenaria (entre as atividades profissionais e hobbies). 
"Atividades que envolvem tênis, digitação, tricô, pintura e instrumentos musicais podem desencadear o cotovelo de tenista, devido aos movimentos repetitivos."
Sintomas
Os sintomas mais comuns são dor ou aumento da sensibilidade na região lateral (parte de fora) do cotovelo com dificuldade para realizar movimentos, como o de virar uma maçaneta, apertar algum objeto, fechar a mão ou pressionar a parte de fora do cotovelo (no caso de acometer a mão direita, a pessoa sente dor até no ato de apertar a mão ao cumprimentar alguém). Na maioria das vezes a dor começa moderada e piora com o tempo e, embora o problema seja no cotovelo, muitas vezes ocorre irradiação da dor e o paciente fica com sensação de queimação no braço, antebraço e até no punho.

O tratamento do cotovelo de tenista em 90% dos casos é conservador, ou seja, não cirúrgico e consiste em tratamento medicamentoso (anti-inflamatório não esteróide e analgésico), repouso do seguimento afetado (raramente necessitando de imobilização), fisioterapia e orientação em relação a maneiras de realizar as atividades de modo a evitar sobrecargas e movimentos inadequados.  
Eventualmente pode-se realizar a infiltração de corticóide no local da dor para desinflamar mais rápido devendo-se evitar mais que uma infiltração. O tratamento com ondas pulsáteis é muito eficaz sendo utilizado nos casos mais graves ou nos atletas profissionais, visto que o custo elevado deste tratamento impossibilita a realização deste em todos os casos não havendo necessidade de tomar nenhum medicamento. Mesmo assim o paciente deverá seguir com orientações para evitar recidivas. o tratamento cirúrgico é excepcional e de custo muito superior ao tratamento com ondas pulsáteis mas, felizmente, com poucas complicações e alta eficácia também. 
Prevenção
 Algumas atitudes são importantes para a prevenção da epicondilite lateral-cotovelo de tenista, tais como, aquecer e alongar membros superiores antes de realizar atividades nas quais esses seguimentos (o antebraço, punho, mão e dedos) serão utilizados, alternar o uso das mãos para evitar o super uso (overuse), fortaler os músculos dos membros superiores e costas, executar corretamente as técnicas de esportes e de execução de atividades profissionais e, finalmente, caso ocorra dor após realizar alguma atividade, fazer aplicação de gelo.
Fonte: Minha Vida UOL

Equoterapia acelera em 30% a recuperação de pacientes

O Projeto Equoterapia, desenvolvido pelo Departamento de Zootecnia da Esalq (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"), em Piracicaba, completa 10 anos neste mês de agosto com uma marca: o tratamento acelera em 30% a recuperação dos pacientes.
Um tratamento terapêutico que utiliza o cavalo como instrumento de reabilitação de pessoas portadoras de deficiência física ou mental, a equoterapia tem o objetivo de melhorar o desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo e social de quem possui algum desses problemas.
O coordenador geral do projeto, Cláudio Maluf Haddad, explica que o cavalo, ao andar, exige que o cavaleiro faça movimentos determinantes para se manter em cima do animal, o que fortalece e desenvolve seus músculos. Em uma comparação simplificada, a atividade funciona como uma fisioterapia realizada com a ajuda do cavalo.
"Entretanto, a recuperação dos pacientes se mostra mais rápida com a equoterapia. Além deles se envolverem com o animal, o ambiente ao ar livre é gostoso e a troca é muito proveitosa", explica Haddad. Pessoas com vários tipos de problemas, como síndrome de down, paralisia cerebral e esquizofrenia são atendidas semanalmente.
Seis profissionais estão envolvidos nas atividades, que acontecem de terça à sexta-feira, durante todo o dia para atender, atualmente, 72 pessoas. Fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, professor de educação física e o profissional de equitação fazem as sessões com os pacientes.
História
A equoterapia, utilizada como prática terapêutica há várias décadas na Europa e EUA, foi formalizada no Brasil em 1989 com a constituição da Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil), que regulamentou o método em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação.
Em junho de 1997, o Conselho Federal de Medicina reconheceu a Equoterapia como método terapêutico com indicações para portadores de paralisia cerebral, acidentes vasculares cerebrais (AVC), traumas craneoencefálico, Síndrome de Down, Síndrome de West, dependência química, incoordenação motora, distúrbios visuais, auditivos e da fala, autismo, estresse e outros.

Tratamento de Bursite Trocantérica

1. Fase aguda
Para Petit (2001) compreende os cinco a sete primeiros dias, durante os quais o tratamento será basicamente antiinflamatório. Estará indicado o repouso relativo, pelo que se pedirá ao paciente que reduza sua atividade e permaneça mais tempo no leito. Somente em casos mais agudos se aconselhará que utilize uma bengala para reduzir o peso sobre a articulação.
Será utilizada a eletroterapia de alta freqüência (microondas e ondas curtas) por ser de maior penetração, já que certas bursites se localizam profundamente. Além de ultra-som pulsátil em baixas doses. Sudek (1993) sugere no caso da bursite trocanteriana a utilização de crioterapia.

2. Fase crônica
Esta fase se inicia quando diminui a dor aguda (geralmente após uma semana) e termina com a total remissão do processo agudo. Serão mantidas as mesmas condutas antiinflamatórias da fase aguda até se completarem duas semanas de tratamento. Em caso de haver limitação articular (o que nem sempre ocorre) deve-se iniciar as mobilizações passivas.
Nos casos de bursite trocanteriana Petit (2001) sugere o alongamento dos tecidos, que por ventura apresentam contratura, como o músculo extensor da grande fáscia e iliotibial, assim como exercícios para aumentar a força dos abdutores do quadril massagem profunda para aumentar a flexibilidade da banda iliotibial. A correção do mau alinhamento com órtese para corrigir diferenças de comprimento dos membros inferiores ou falhas do mecanismo da marcha e dos erros de treinamento (superfície da corrida) costumam dar bons resultados.
Nos demais casos se houver uma diminuição da força muscular, o que ocorre sempre nos processos crônicos, deve-se iniciar a tonificação com exercícios resistidos e de facilitação neuroproprioceptiva.
Thompson (1994) refere que a aspiração onde a bursa constitui um problema pode ser uma boa solução, sendo que uma injeção de cortisona pode ser aplicada para reduzir a inflamação.

Jalecos de Fisioterapia bordados

Jaleco é um ítem para ser usado para diariamente pelos fisioterapeutas. Devem ser mantidos sempre em bom estado, limpo e sem estar amarrotado. Causa uma boa impressão. E depois da moda dos jalecos bordados, criatividade é o que não falta para os jalecos serem difefrenciados.

Então vamos a alguns exemplos para serem, quem sabe, copiados!


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E aí? Gostou  de algum??? Use e abuse!

Dificuldades de atendimento domiciliar

Trabalhar com atendimento domiciliar é uma das coisas mais difíceis dentro da Fisioterapia. Eu já tive consultório, já trabalhei em clínicas, já trabalhei em consultórios de amigos, mas nada me desafia mais do que o atendimento domiciliar.  Dois fatos me chamam atenção que são as principais dificuldades que eu encontro: o primeiro é a adaptação do espaço para eu fazer as ativdades, sempre com o olho no relógio para não perder tempo demais e o outro é a intimidade da casa do paciente.

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Sempre quando eu chego na primeira vez na casa de um paciente avalio o espaço que farei o atendimento. E tenho que confessar que quando eu encontro um ambiente limpo, que simplesmente possa estender um tatame ou pacientes que já tenham a maca para atendimento, fico aliviada.  Ambientes que tenham que ser arrumados para que se faça um atendimento correto de fisioterapia demanda tempo para arrumar e para desarrumar. Afinal de contas, quando estamos na casa de um paciente, devemos colocar no lugar tudo o que tiramos para o nosso atendimentos.

A outra coisa que me incomoda é a intimidade que o profissional acaba tendo com cotidiano da casa dos pacientes. A pessoa, depois de ter ver ali vários dias, acaba achando que você está inserido naquele dia a dia. Outro dia eu estava fazendo atendimento de uma pessoa que começou a discutir com o marido coisas que eu não discutiria na frente de uma pessoa estranha, diga lá de um prestador de serviço. Eu fiquei constrangida.

Não inclui o deslocamento até o local e o tempo que se perde em grandes centros com engarrafamentos porque está inserido no contexto quando se opta por esse tipo de atendimento.

Qual é a sua principal dificuldade em atendimento domiciliar?

Como cuidar de um espasmo muscular

Depois de um dia cansativo de trabalho, é hora de chegar em casa e relaxar no sofá. É então que começa aquela tremedeira desconfortável na pálpebra, que não passa fácil: o espasmo muscular deu as caras.
Considerado uma contração involuntária do músculo, o espasmo aparece, principalmente, quando o estresse atingiu o limite ou quando houve uma sobrecarga muscular. O espasmo também pode ser o resultado de noites mal dormidas e tensão acumulada.
Qualquer músculo  pode sofrer espasmos, principalmente, os dos membros superiores e inferiores (braços e pernas). No entanto, há dois tipos de contrações: as que não provocam dor e as que provocam. As primeiras são resultado do estresse, como é o caso do tremor da pálpebra. O que precisa de atenção especial é o fato de que o tremor do olho pode gerar mioclomias, puxadinhas no olho extremamente desconfortáveis.
Já as contrações dolorosas são decorrentes de algum esforço em excesso que o músculo sofreu. Carregar bolsas muito pesadas, por exemplo, podem provocar uma contratura permanente do músculo dos ombros, devido à sobrecarga. Ou até quem abusa na hora de fazer exercícios físicos pode sentir contrações musculares.
O ideal é procurar um especialista quando o espamo permanece, pois é preciso verificar sua origem, que pode ser no nervo, no músculo ou possuir origem psicológica. A contratura muscular pode ser um sinal, por exemplo, de doenças na medula espinhal. Por isso, é imprescindível saber sua causa.
Porém, a maior parte dos espasmos pode ser evitada. A grande aliada para isso é a atividade física. Os músculos precisam de uma boa oxigenação para que os espasmos não apareçam. A seguir, algumas dicas para dar um chega pra lá nos tremeliques.
Faça exercícios aeróbicos
eles irão manter a boa oxigenação dos músculos e impedir as contrações
Coloque a hidratação em primeiro lugar
a reposição dos sais minerais gastos durante os exercícios é crucial para que os músculos estejam sempre saudáveis. "A atividade física gasta os eletrólitos e, se não forem repostos, favorecem os espasmos", explica o especialista
Alimente-se antes dos exercícios
atividade física não pode ser realizada em jejum; o corpo precisa estar preparado para aguentar a repetição dos exercícios.
Aproveite a academia com esforço progressivo
abusar nos exercícios prejudica os músculos, porque pode sobrecarregá-los. Ir com calma e ter acompanhamento profissional é o melhor caminho para fugir das contrações musculares.

A importância do estágio na Fisioterapia




Como a fisioterapia foi a minha segunda faculdade (eu comecei fazendo Educação Física e no 4º período de educação física eu iniciei a de fisioterapia e durante um período fiz as duas juntas), quando chegou a hora do estágio na fisioterapia eu já era uma profissional de Educação Física. Então, escolher estágios foi uma tarefa facilitada pela "experiência" anterior.

Fiz estágio em hospital, em clínica de ortopedia, em clínica de neurologia e em clínica de estética. E, pelos estágios que eu fiz,  soube as áreas que não poderia trabalhar como profissional, simplesmente porque não combinava com a minha personalidade. A área de fisioterapia intensiva é uma dessas áreas. Como sou uma pessoa que tem a voz alta, expansiva e me sensibiliza, facilmente, com patologias e problemas humanos, o estágio no hospital (embora atuação do fisioterapeuta no hospital não seja só UTI) foi o estágio mais "penoso".  Quantas vezes não me perguntei o que estava fazendo na profissão depois de um atendimento dificil ou de "apertos" na UTI.

No estágio na clínica para pacientes neurológicos eu me apaixonei pela Fisioterapia na Neurologia. Entender as reações de todos os sistemas e fazer disso uma "arma" pra ajudar os outros me fez entender que, embora o tratamento de patologias neurológicas sejam demorados e isso possa desmotivar o profissional, cada ganho obtido é uma vitória. E uma vitória, em pacientes neurológicos, é uma lição de vida.

O estágio na clínica de estética me encaminhou para a especialidade que deu maior retorno financeiro dentro da Fisioterapia. E no estágio na clínica de ortopedia me deu a melhor orientadora de estágio que eu tive na fisioterapia. A paciência que ela tinha de explicar a fisiologia das lesões e como os movimentos executados recuperavam as regiões é de se elogiar. Inesquecíveis as tardes de explicações e o esforço dela de se fazer entender. Além disso, foi nesse estágio que eu conheci pessoas que estão na minha vida até hoje. Excelentes profissionais.

Os estágios que fiz serviram para:

- Conhecer as áreas de atuação da Fisioterapia.

- Determinar no que eu trabalharia dentro da fisioterapia e o que eu procuraria evitar. Experimente as áreas e determine se tem áreas que você não deve trabalhar. Trabalhar em uma área que não combina com você só irá fazer faltar motivação para a sua vida profissional.  E afundá-la porque não estará trabalhando na área que gosta.

- Conhecer pessoas que tenham o mesmo entusiasmo dentro da Fisioterapia que eu tinha;

- Conhecer ótimos profissionais;

- Me apaixonar por áreas que eu não imaginava que podia me apaixonar, como a Fisioterapia Neurológica;

- Conhecer diferentes métodos de trabalho e definir o que era o melhor pra aplicação na minha vida profissional;

- Aprofundar conhecimentos adquiridos na faculdade;

- Conhecer terapias que não me especializei;

E nos estágios de vocês?  O que interferiu na sua vida profissional? Qual a importância do estágio na sua vida?

Propriocepção: tratamento terapêutico para corrigir e evitar lesões

A propriocepção é um conceito muito difundido e utilizado na fisioterapia. Nada mais é do que a percepção que você tem de si e do mundo a sua volta. Quando você abraça uma pessoa, por exemplo, precisa saber onde ela está no espaço, com que velocidade, aceleração e intensidade vai se mover em direção a ela. Esse cálculo é realizado por receptores presentes em nosso corpo que entendem o ambiente e a ação, enviam as informações ao cérebro, que devolve uma resposta eficiente (no caso, o abraço).

É com base nesse conceito que fisioterapeutas trabalham para recuperar lesões ou mesmo evitá-las. "Desde pequeno, armazenamos informações sobre nossos movimentos no cérebro. À medida que crescemos, vamos refinando-as. Mas, quando temos uma lesão, essas informações são perdidas. A fisioterapia usa os elementos da propriocepção para treinar o cérebro, a fim de que ele volte a criar planos motores, informações", afirma Gil Lucio Almeida, presidente do Conselho de Fisioterapia do Estado de São Paulo.
Em cirurgias de hérnia de disco, exemplifica o médico, a forma de andar e a postura acabam mudando. Com a propriocepção, o paciente usa as informações vindas dos músculos e articulações para reprogramar a postura. Quando uma pessoa engessa alguma parte do corpo por 30 ou 40 dias, terá que ensinar novamente o movimento a aquele membro. Dessa forma, lesões graves vão, aos poucos, sendo curadas até que o corpo volte a ser tão eficiente quanto antes.

A propriocepção é inerente ao ser humano, mas pode ser aperfeiçoada e treinada. "A ideia é gerar instabilidade para ganhar mais estabilidade", afirma Marcelo Luiz de Souza, fisioterapeuta e professor de educação física. Os exercícios funcionais são, em sua maioria, baseados nesse conceito.
Para quem corre ao ar livre, por exemplo, o treino é feito para fortalecer as articulações e músculos. Pular com um pé só em uma cama elástica, mudar a direção com que sempre se faz um movimento ou subir em uma bola oferecem bons resultados. "Tudo o que envolva equilíbrio, ritmo e agilidade está trabalhando os proprioceptores. É uma propriocepção cosciente", afirma Souza.
  Exercícios como esses também podem levar atletas à alta performance. "Os esportistas usam bastante as informações arquivadas no cérebro e de forma bem precisa. O treino ajuda a refinar essas informações e os movimentos passam a ser realizados mais eficientemente", diz Almeida.
"Treinar na areia fofa, na grama ou em algum terreno instável manda novos sinais para o cérebro, que tem de criar novas respostas a esse estímulo, o que leva a um aprimoramento", aconselha Marcelo Luiz de Souza.
Segundo Gil Almeida, o conceito pode ser utilizado ainda para corrigir posturas durante a realização de exercícios. O médico sugere a realização de movimentos em frente a um espelho para que a pessoa possa ver seu erro, tomar consciência dele e mudá-lo.

Fonte: IG Saúde

Patologias no ombro

. Tendinite do manguito rotador

Também denominada síndrome do impacto é a mais comum causa de dor no ombro. Tendinite é a causa primária de dor, porém o envolvimento secundário da bursa subacromial ocorre em alguns casos. Pode ser aguda ou crônica e pode estar ou não associada com depósito cálcico tendíneo. O achado clínico característico é dor à abdução ativa especialmente entre 60° e 120°. Em casos severos, entretanto, a dor pode ocorrer desde o início da abdução. A tendinite aguda tende a ocorrer em indivíduos mais jovens e mais freqüentemente evoluem com calcificação na inserção do tendão supra-espinhoso. Os depósitos são melhor visualizados nos exames radiográficos planos em rotação externa. Estes depósitos podem resolver espontaneamente. A bursite subacromial pode também resultar de ruptura do material cálcico no interior da bursa. A tendinite crônica do manguito rotador se apresenta como dor no ombro geralmente sobre o deltóide lateral e ocorre com vários movimentos, especialmente na abdução e rotação interna. Os pacientes referem dificuldades para se vestir e dor noturna. O movimento inicial para detecção da tendinite do manguito rotador é determinar se a dor está presente na abdução ativa do braço na posição horizontal. O sinal do impacto (Neer) é geralmente positivo. Esta manobra é realizada pelo examinador usando uma mão para flexão passiva do ombro do paciente, enquanto a outra mão fixa a escápula, provocando dor nos casos de síndrome do impacto, devido à compressão das estruturas subacromiais situadas entre a tuberosidade maior do úmero e o acrômio. Outro teste que confirma a tendinite do manguito rotador é o teste de Neer, que consiste na infiltração de 2-4 ml de xilocaína no espaço subacromial que, uma vez positivo, aliviará a dor provocada pelo sinal de Neer.

As causas da tendinite do manguito rotador são multifatoriais, porém a sobrecarga sobre a articulação geralmente é implicada. Fatores relacionados à idade incluem degeneração e diminuição na vascularização dos tendões do manguito, bem como redução da força muscular. Osteófitos na porção inferior da articulação acrômio-clavicular ou trauma agudo da região do ombro contribuem para o desenvolvimento da tendinite e processos inflamatórios, tais como a artrite reumatóide, podem causar tendinite do manguito rotador. O tratamento consiste em repouso articular, aplicação de calor local ou de gelo ou de ultra-som, com exercícios específicos tolerados pelo paciente. Os AINH são benéficos, porém o tratamento mais comumente utilizado é a infiltração de CE na bursa subacromial, pela contiguidade com o manguito rotador.

b. Ruptura do manguito rotador

Rupturas do manguito rotador são facilmente identificadas após lesões traumáticas. Fratura da cabeça umeral e luxação do ombro devem ser sempre consideradas. Porém, aproximadamente metade dos pacientes não apresentam antecedente de trauma. Nestes casos, degeneração do manguito rotador ocorre gradualmente, resultando em ruptura incompleta e eventualmente em ruptura completa. As rupturas são classificadas como pequena (< 1 cm), média (1-3 cm), grande (3-5 cm), acentuada (> 5 cm)(8). Dor no ombro, fraqueza à abdução e perda da mobilidade ocorre em vários graus, variando de dor importante e discreta fraqueza à ausência de dor e fraqueza severa. Sinal de queda do braço com incapacidade para manter 90° de abdução passiva do ombro pode estar presente em grandes ou severas rupturas. O tratamento cirúrgico é indicado nestas situações, em especial em pacientes mais jovens.

O diagnóstico de ruptura do manguito é estabelecido por artrografia que mostra comunicação entre a cavidade gleno-umeral e a bursa subacromial. A ultra-sonografia e a ressonância nuclear magnética (MRI) também podem identificar rupturas do manguito(9). Pequenas rupturas, completas ou incompletas, são tratadas conservadoramente com repouso, terapia física e uso de antiinflamatórios não hormonais.

c. Tendinite bicipital

A tendinite bicipital se manifesta geralmente por dor na região anterior do ombro. A dor pode ser aguda, porém usualmente é crônica e é relacionada ao pinçamento do bíceps pelo acrômio. A palpação sobre o sulco bicipital se mostra dolorosa. É importante fazer a palpação bilateral para efeito de comparação. A dor pode ser reproduzida sobre o tendão bicipital pela supinação do antebraço contra resistência (sinal de Yergason), pela flexão do ombro contra resistência (teste de Speed) ou pela extensão do ombro. Tendinite bicipital e tendinite do manguito rotador podem ocorrer simultaneamente. O tratamento da tendinite bicipital consiste de repouso, calor local, ultra-som e com a melhora do quadro álgico se iniciam os exercícios passivos e posteriormente ativos. Os AINH também são utilizados, além de infiltração local com CE.

A subluxação do tendão bicipital se manifesta por dor e sensibilidade sobre o tendão bicipital. Um estalido sobre o tendão pode ser observado quando o braço é passivamente abduzido à 90° e, em seguida, realizada rotação interna e externa. Ruptura completa da cabeça longa do tendão bicipital produz abaulamento característico na metade do ventre muscular bicipital. Estas duas últimas condições são, geralmente, tratadas conservadoramente.

d. Capsulite adesiva

Também denominada de ombro congelado ou pericapsulite, se caracteriza por dor generalizada e impotência funcional de todos os movimentos ativos e passivos do ombro. Raramente ocorre antes dos 40 anos de idade e pode ser secundária à qualquer tipo de lesão do ombro. Mulheres são discretamente mais afetadas que os homens e o acometimento do ombro contralateral ocorre em 6%-17% dos pacientes nos subseqüentes cinco anos(10). Existem várias doenças que podem estar associadas a esta condição clínica, como, por exemplo, diabetes mellitus, tireoidopatia, tuberculose, neoplasia pulmonar e doença cardíaca. Outros fatores que também colaboram para o desenvolvimento de ombro congelado incluem, imobilidade, depressão, baixo limiar de dor, início de tratamento irregular. Em muitos casos, entretanto, a etiologia é idiopática. Na história natural dessa condição clínica existem três fases evolutivas denominadas dolorosa, adesiva e resolutiva, com duração aproximada de 3 a 8 meses para a fase dolorosa, 4 a 6 meses para a fase adesiva e 1 a 3 anos para a fase resolutiva. A recuperação é variável, com relatos de que 33%-61% dos pacientes mantiveram algum grau de limitação dos movimentos do ombro e que 7%-15% dos pacientes evoluíram com incapacidade funcional persistente.

A artrografia confirma o diagnóstico, mostrando limitação do volume articular e irregularidade da inserção capsular no colo anatômico do úmero. O tratamento mais efetivo do ombro congelado envolve uso de AINH, infiltração com CE na articulação glenoumeral e bursa subacromial e terapia física(15). A terapia física inicial consiste de gelo local, ultra-som, teens e exercícios passivos. Posteriormente inicia-se movimentação ativa e fortalecimento muscular. A manipulação sob anestesia pode ser necessária em raros casos refratários.

Pé plano

Há uma característica queda do arco plantar longitudinal, associada quase sempre a um valgismo do calcâneo, de grau variável. A simetria e a flacidez do pé plano indicam bom prognóstico, na criança; já a rigidez e a simetria estão quase sempre associadas a outras patologias, indicando um mau prognóstico. Na evolução do pé plano flácido na criança, 65% corrigem-se espontaneamente até 5-6 anos de idade; 30% corrigem-se incompletamente, mas podem ser considerados pés funcionalmente suficientes; 5% chegam à adolescência acentuadamente planos e, destes, 3% tornam-se funcionalmente insuficientes e dolorosos. Assim, num paciente de 2 a 3 anos com pé plano o uso de sapato apropriado, exercícios  ativos e passivos e, eventualmente, uso de palmilhas. Nos pacientes de 9 a 12 anos, que apesar do tratamento conservador prolongado ainda mantêm os pés planos, há indicação para tratamento cirúrgico, eu consiste em osteotomia do calcâneo ou em transferência tendinosas.


Testes específicos:

Ao avaliar o paciente seguiremos um critério ditado pelo próprio desenho do pé: a função de apoio (como respondem suas estruturas à carga), de estática (como repercute seu alinhamento nas articulações superiores e na estática geral do indivíduo) e de translação (comportamento do pé na dinâmica da marcha).

O paciente será colocado em uma posição elevada eu permita ao examinador observar com comodidade; este se colocará por trás para poder constatar a postura do retropé e o alinhamento do calcâneo e dos maléolos com o objetivo de determinar o defeito encontrado. No caso do pé plano valgo, observa-se uma aproximação dos maléolos e uma separação dos calcâneos. Em seguida o examinador se colocará à frente para observar a pronação do dorso do pé (valgo)

Para examinar os arcos plantares será recomendado o emprego de um podoscópio ou a realização de um fotopodograma.


Objetivos do tratamento:

Na criança, os objetivos serão a correção máxima e o fortalecimento muscular com reeducação dinâmica da estática e da marcha. São aconselhados o uso de calor, as massagens, os banhos alternantes para ativar a circulação e a realização de mobilizações com terapia manual. É muito importante dizer, que na criança, o uso do calor e de mobilizações manuais devem ser feitos a partir dos 5-6 anos de idade para não deformar o arco plantar na sua formação.


Tipos de órteses:

Uma vez em que o pé esteja relaxado, se colocará uma órtese (palmilha) destinada não a corrigir estruturas, mas sim a dar um apoio adequado e proporcionar conforto.

O material para a confecção das órteses plantares é variado, podendo ser rígido (de duralumínio), semi-rígido (de borracha ou cortiça) ou flexível (silicone). Nas crianças serão indicados todos eles, sempre que sejam revistos, periodicamente, e remodelados, pois o próprio calor da pele e o peso as deformam. Finalmente deve-se assinalar que todos as palmilhas deverão chegar somente até a cabeça dos metatarsianos.

A deambulação e a postura da criança ficarão comprometidas pela evidente plantificação total do pé e elevadas cargas fisiológicas sobre o arco plantar plano (ou chato).

Avaliação de protocolo de fisioterapia aplicado a pacientes mastectomizadas a Madden

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O câncer de mama vem ocupando lugar de destaque, por apresentar incidência crescente e elevado índice de mortalidade. Não é apenas o mais comum entre as mulheres, mas também é o que mais mata. Nos Estados Unidos são diagnosticados 180 mil novos casos por ano e cerca de 44 mil mulheres morrem de câncer de mama todos os anos.

No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. Em 1999, foram registradas 8.104 mortes decorrentes deste tipo de câncer. Dos 337.535 novos casos de câncer com previsão de serem diagnosticados em 2002, o câncer de mama foi o principal a atingir a população feminina, sendo responsável por 36.090 novos casos.

O carcinoma ductal é o tumor mamário mais comum e torna-se invasivo em cerca de 70% dos casos, dando origem a metástases ganglionares em 1% a 13% dos casos.6-8 O tratamento é planejado de acordo com o estadiamento da doença e a cirurgia é parte importante para o tratamento câncer localizado.

A mastectomia radical modificada de Madden consiste na remoção da glândula mamária, aponeurose anterior e posterior do músculo grande peitoral, esvaziamento axilar, com preservação dos músculos grande e pequeno peitoral; e indicada para tumores de
2 cm a 3 cm ou inferiores a 2 cm, desde que o carcinoma seja invasivo, e pode ter como complicações a limitação de amplitude de movimento (ADM), limitação de
função, linfedema e dor no membro homolateral.

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Importância dos exercícios físicos para os idosos

Os idosos que sofrem fraturas do fêmur ficam com muitas sequelas. Atualmente ocorrem mais de 2 milhões de fraturas de fêmur em idosos com osteoporose por ano, sendo que 15 % deles vêm a falecer nos primeiros 30 dias e 50 % deles jamais voltam a caminhar.

Estamos sempre ocupados com os problemas do dia a dia. Eventualmente podemos ser pegos de surpresa e no caso de uma emergência o pânico pode aparecer.

Segundo pesquisas norte-americanas, 30% das pessoas com mais de 65 anos caem ao menos uma vez por ano durante atividades cotidianas como subir e descer escadas, ir ao banheiro ou trabalhar na cozinha. Vale aqui salientar que a grande maioria destas quedas ocorre dentro de casa.  
Lembro-me de um senhor de 70 anos que caiu na sala de sua casa em um sábado à noite e sofreu uma fratura trans-trocanteriana do fêmur (fratura muito comum nesta faixa etária que impede a pessoa de se locomover devido à dor).

Como ele morava sozinho, somente na terça-feira pela manhã a faxineira que lá trabalhava o encontrou largado na sala, desidratado e quase inconsciente. Quando ele foi para o hospital tive de aguardar três dias para que o mesmo estivesse em melhores condições clínicas para a fixação da fratura com uma placa para que assim pudesse andar.

Relato este fato para que as pessoas de idade que moram sozinhas adquiram algum tipo de aparelho que disca o telefone à distância (já existente no mercado) ou que sempre levem o celular consigo, 24 horas por dia.  
"Uma caminhada no parque, alongamentos e exercícios trarão amplos benefícios aos idosos"
A causa das quedas é multifatorial, dependendo tanto de fatores intrínsecos relacionados ao envelhecimento, como fatores externos, ligados ao ambiente. Grande parte dessas quedas se deve aos déficits de equilíbrio, força muscular, tempo de reação e flexibilidade e capacidade, que podem ser trabalhadas em programas de exercícios físicos de forma a reduzir a incidência dos acidentes.

A diminuição da massa muscular com o avanço da idade é um dos principais fatores de risco para quedas. A redução da força nos membros inferiores associa-se à incapacidade de levantar-se, ao aumento da instabilidade, à redução de amplitude da passada e da velocidade de andar, fatores que aumentam o risco de acidentes.

Dessa forma, o treinamento de força tem sido cada vez mais indicado para idosos, como uma maneira segura e eficaz de combater essas perdas. O controle postural também é significantemente influenciado por experiências prévias. Sendo assim, o treinamento do equilíbrio em programas de exercícios físicos também pode trazer bons resultados. 
Sabemos que uma parte das perdas físicas e neuromotoras em idosos são consequências do tédio, inatividade e atrofia provocada pelo desuso e sedentarismo. Muitos são os motivos que levam à não adesão dos idosos aos programas de exercícios físicos. Dentre eles estão às condições de saúde, escassez de equipamentos apropriados, falta de oportunidades ou desconhecimento sobre os benefícios dessa prática no processo de envelhecimento.

Por esses motivos, acreditamos na importância de uma maior divulgação sobre a grande melhora na saúde das pessoas envolvidas em práticas de atividades físicas. Não é necessário frequentar academias de ginástica, e nem equipamentos sofisticados para tal.

Uma caminhada no parque, seguida de alongamentos e exercícios que trabalhem a propriocepção, trarão amplos benefícios, desde que acompanhados por um bom profissional da área de educação física.  
Esperamos com essa iniciativa, contribuir para que os idosos também passem a praticar exercícios físicos, tão importantes para reduzir ou até curar problemas de saúde que comprometam a qualidade de vida dessas pessoas.

Faça alguma atividade física ou pratique algum esporte. Mas antes, passe antes por uma avaliação com um ortopedista para saber quais são os exercícios mais adequados para você.

Fascite plantar sendo tratada com Crochetagem

A fascite plantar refere-se a uma dor plantar, no ponto de origem da fascia plantar, na tuberosidade medial do calcâneo. Caracteriza-se por uma inflamação ocasionada por microtraumatismos de repetição na origem da tuberosidade medial do calcâneo. As forças de tração durante o apoio levam ao processo inflamatório, que resulta em fibrose e degeneração das fibras fasciais que se originam no osso (SNIDER, 2000; HEBERT et. al; 2003; CYRIAX ; CYRIAX, 2001). Embora pareça não estar diretamente relacionada a nenhum tipo específico de pé, a fascite plantar surge com maior freqüência em indivíduos obesos (SNIDER, 2000; RIDLE et. al., 2004). Suas manifestações caracterizam-se pela dor local e ao redor da base do calcâneo e no arco plantar, principalmente ao levantar-se da cama, ou após um período de repouso (GRISOGONO, 2000; MEIJA ; KALB, 2000). Para Peterson ; Renström (2002), a pronação excessiva do pé, apresenta maior probabilidade no desenvolvimento desta doença, em virtude do aumento da resultante de força na aponeurose, em conseqüência do alongamento do arco e expansão dos dedos.
O tratamento fisioterapêutico da fascite plantar consiste na utilização de órteses, compradas prontas, para amortecimento do calcanhar, acompanhado de recursos de analgesia e combate ao processo inflamatório, e exercícios que promovam a diminuição da tensão no tendão calcâneo e na fascia plantar, sendo o alongamento, o exercício mais comumente utilizado (SNIDER, 2000).
A crochetagem mioaponeurótica é uma técnica manipulativa, desenvolvida pelo fisioterapeuta sueco Kurt Eeckman, colaborador do Dr. James Cyriax, à partir da limitação palpatória das técnicas convencionais (BAUMGARTH, 2003; BUSSIÈRES, 2004). A técnica baseia-se na utilização de ganchos ou "crochets", que são utilizados na quebra das aderências do sistema músculo-esqueletico (SARAIVA et.al, 2003). Seu objetivo principal é o rompimento de pontos de fibrose, geralmente causados pelo acúmulo de cristais de oxalato de cálcio nos planos aponeuróticos, causando irritação (BAUMGARTH, 2003; VARGAS, 2004; BUSSIÈRES, 2004).
Também conhecida como diafibrólise percutânea, a crochetagem está indicada em qualquer afecção osteomioarticular que leve a uma fibrose ou formação de aderências, assim como nas neuralgias, em especial, aquelas ocasionadas por alterações miofasciais. Tem sido divulgada e difundida entre os fisioterapeutas brasileiros, embora não existam estudos científicos a cerca de seus efeitos em língua portuguesa. A pouca literatura existente, está, em sua maioria, em francês ou alemão (VARGAS et. al, 2004; SARAIVA et. al, 2003; BAUMGARTH, 2003)
O presente estudo objetivou a verificação dos benefícios da crochetagem mioaponeurótica, no tratamento fisioterapêutico de um paciente portador de fascite plantar bilateral. A escolha da técnica se deu pela facilidade no transporte e manuseio do instrumental, bem como pela simplicidade de sua execução e necessidade de pouco tempo de aplicação.

Revisão de literatura

Anatomicamente, a fascia refere-se a uma lâmina ou membrana de tecido conjuntivo que reveste cada músculo, órgão ou conjunto de órgãos, com função de proteção (DÂNGELO ; FATTINI, 2001; BIENFAIT, 1999). Porém, ainda segundo Bienfait (1999), foram os osteopatas que criaram o conceito de fascia como um conjunto membranoso contínuo, representando uma única unidade funcional.
A região plantar do pé é revestida por uma fascia, de forma triangular, denominada aponeurose plantar (FIELD, 2001). Esta faixa extensa de tecido conectivo insere-se proximalmente à superfície do tubérculo medial do calcâneo e distalmente às articulações metatarso-falangianas, onde se fundem aos ligamentos capsulares (PRENTICE, 2002).
Segundo Hebert et. al. (2003); a fascia plantar consiste na principal estrutura estabilizadora passiva do arco longitudinal medial do pé. Filho (2001) afirma que as funções de estabilização e suporte do pé na posição ortostática e durante a locomoção, implicam no seu apoio no solo através da região plantar. Esse apoio se dá através do triângulo de sustentação, que tem como vértices a extremidade
  posterior do calcâneo e as cabeças do primeiro e quinto metatarsos. O arco plantar permite uma maior flexibilidade no apoio, assim como um maior amortecimento de impactos. Tanto na posição ortostática quanto durante a marcha, a hiperextensão dos artelhos demanda um tensionamento da fascia plantar e uma pronação do pé (BUSSIÈRES, 2002). Para Starkey ; Ryan (2001), a fascia plantar não só sustenta, como é sustentada por muitos dos músculos intrínsecos e ligamentos do pé.
A fascite plantar pode ser definida como uma afecção caracterizada pela dor na região plantar do calcâneo, que pode se estender por toda a fascia plantar. Sua manifestação é insidiosa, e sua sintomatologia é mais evidente pela manhã, ou após um período de repouso. Geralmente melhora após atividade (primeiros passos), embora em alguns casos, a dor possa persistir por todo o dia (BUSSIÈRES, 2002; HEBERT et. al., 2003; SNIDER, 2000; FILHO, 2001; ALDRIDGE, 2004). Para Hebert et. al. (2003); o aumento no quadro doloroso ao primeiro apoio matutino deve-se ao fato de que durante o sono, a inatividade dos músculos dorsiflexores promove um encurtamento da fascia plantar. O primeiro apoio provoca um estiramento brusco da aponeurose, o que provoca a dor. Segundo o mesmo autor, corridas, saltos e atividades de impacto pioram a dor. Riddle et. al. (2004) afirma que as perdas funcionais decorrentes da fascite plantar, estão relacionadas somente às atividades que envolvem corrida, e atividades profissionais e hobbies que envolvem sustentação de peso; não havendo relação com perda de amplitude de movimento (ADM) e perda de força e trofismo muscular.
Ao exame físico, é verificada marcha antálgica, com apoio sobre a parte lateral ou anterior do pé. Há palpação dolorosa da região medial do calcâneo e a dorsiflexão dos dedos exacerba os sintomas, pela distensão da fascia plantar. A dor produzida pela fascite plantar geralmente não é incapacitante, embora possa limitar algumas atividades (HAMER et. al., 2003; ALDRIGE, 2004). Pontos dolorosos na região medial da panturrilha e do tendão calcâneo podem ser encontrados, o que demonstra uma relação entre a fascite plantar e a rigidez do tendão calcâneo e musculatura posterior da perna (HEBERT et. al., 2003; HAMER et. al., 2003).
Várias podem ser as causas da fascite plantar, como distúrbios anatômicos e biomecânicos. Prentice (2002), cita a diferença entre o comprimento dos membros, a pronação excessiva da subtalar, a falta de flexibilidade do arco longitudinal e a rigidez das musculaturas da panturrilha, assim como o uso de calçados inadequados e o aumento do tamanho do passo durante a corrida. Para Cyriax ; Cyriax (2001) A fascite plantar tem início com um esforço prolongado em posição ortostática, em pacientes com encurtamento dos músculos da panturrilha e com os pés cavos. Huang et. al (2004) demonstraram em seu estudo, uma incidência maior de fascite plantar em indivíduos com pé plano flexível, que em indivíduos com arco plantar normal. Hebert et. al. (2003), afirma que tanto o pé cavo como o pé plano, são fatores pré-disponentes, assim como traumatismos de repetição, associados à intensidade, duração e freqüência da atividade, e a dureza do piso. Entretanto, segundo Peterson ; Renström (2002), embora o alongamento do arco plantar e a expansão dos dedos ocasionados pela pronação, submetam a aponeurose a um aumento de tensão; não há uma ligação explicita entre o pé plano ou o pé cavo com a fascite plantar. O fato de que aproximadamente 60% do peso corporal estejam distribuídos sobre o calcanhar, de 31 a 38% na região da cabeça dos metatarsos e somente cerca de 5% na região medial do pé (MANFIO et. al, 2001), talvez explique essa falta de relação direta com o tipo de pé. Segundo Snider (2000), a fascite plantar ocorre com mais freqüência em indivíduos obesos. Essa afirmação é corroborada pelo estudo de Ridle et. al. (2004) que demonstra uma relação estreita entre o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC), e as manifestações clínicas da doença.
Bussières (2002) afirma que a fascite provavelmente seja um processo inflamatório ocasionado por microtraumas, que vêm a acelerar o processo de envelhecimento (degeneração) normal da aponeurose plantar. Essa assertiva corrobora com o pensamento de Herbert et al. (2003); de que as forças de tração que ocorrem durante o apoio desencadeiam o processo inflamatório, resultando em fibrose e degeneração.
A epidemiologia mostra que a maior incidência da doença se dá entre as mulheres, em sua maioria obesa e na faixa etária do climatério. Em homens, a prevalência é maior nos praticantes de esportes, especialmente os que envolvem corridas (HEBERT et. al., 2003; SNIDER, 2000). Em seu estudo, Imamura ; Carvalho Jr. (1996), verificaram que das 29 pessoas estudadas, 26 eram do sexo feminino, representando 90% da amostra. Cavanagh et. al. apud Manfio et al., (2001) não encontraram em seu estudo, relação direta entre o peso corporal, e os picos de pressão plantar, o que indica que embora haja uma grande incidência em pessoas obesas, o excesso de peso não deve ser visto como um fator primário na ocorrência da fascite plantar.
Ainda em seu estudo, Bussières (2002) cita o trauma direto ou indireto, a pronação excessiva do pé, o desabamento do arco plantar, a retração do gastrocnêmio e o aumento da tensão da aponeurose plantar durante a fase de propulsão como possíveis causas da fascite plantar.
Em seu estudo, Tokars et al. (2003) demonstraram que o tipo de calçado pode ocasionar síndromes dolorosas nos pés, joelhos, quadris e coluna, o que pode estabelecer uma relação entre o uso de calçados inadequados e a fascite plantar.
O tratamento da fascite plantar é eminentemente conservador e inclui a administração de antiinflamatórios não esteróides; o uso de palmilhas de material macio para suporte do calcanhar e em alguns casos do arco longitudinal; restrição das atividades que envolvam apoio prolongado, deambulação de longa distância, saltos e corridas; exercícios para alongamento da fascia plantar, tendão calcâneo e gastrocnêmio; assim como recursos que promovam analgesia e diminuição das tensões (SNIDER, 2000; PRENTICE, 2002; HEBERT et. al.,2003). A infiltração de corticóides pode ser utilizada em casos persistentes, porém oferece o risco de atrofia e degeneração do coxim adiposo, assim como a degeneração e ruptura da fascia (BUSSIÈRES, 2002; HEBERT et. al., 2003).
A crochetagem mioaponeurótica, também conhecida como diafibrólise percutânea é uma técnica de tratamento manipulativo do aparelho locomotor, que visa combater as algias pela destruição das aderências e fibroses, através da utilização de ganchos ou "crochets", aplicados sobre a pele (BURNOTTE; DUBY, 1988; BAUMGARTH, 2003; SARAIVA et. al.,2004; BUSSIÈRES, 2004).
A técnica foi desenvolvida pelo fisioterapeuta sueco Kurt Eeckman, o qual foi assistente do Dr. James Cyriax, no período pós-segunda guerra mundial. As limitações palpatórias na execução das técnicas convencionais de terapias manuais, dentre elas a massagem profunda de Cyriax, o levaram a desenvolver uma série de ganchos, que tiveram sua forma, material e técnica de aplicação desenvolvida progressivamente.
Após ganhar notoriedade com o sucesso no tratamento da Nevralgia de Arnold, Kurt Eeckcman ensinou o método a vários colegas, dentre eles, P. Duby e J. Burnotte, que passaram a desenvolver uma abordagem menos agressiva e dolorosa, baseada nos conceito de cadeias musculares e da osteopatia (BAUMGARTH, 2003, BURNOTTE; DUBY, 1988).
Ainda segundo Baumgarth (2003); Burnotte; Duby (1988) a diafibrólise possui três efeitos básicos: o efeito mecânico, o efeito circulatório e o efeito reflexo. Suas principais indicações são as aderências consecutivas a um traumatismo ou a uma fibrose cicatricial, as algias do aparelho locomotor (inflamatórias ou não), as nevralgias em conseqüência da irritação mecânica dos nervos periféricos, e por fim, as síndromes tróficas dos membros.
Embora seja um método com poucas contra-indicações, é importante considerar a agressividade ou imperícia do terapeuta, os maus estados cutâneos e circulatórios, assim como sua aplicação direta sobre processos inflamatórios.
O gancho é constituído de aço e possui duas extremidades, com curvaturas diferentes, para um melhor contato com as diferentes estruturas e acidentes anatômicos. Cada curvatura termina em forma de espátula, que reduz a pressão exercida sobre a pele, tornando o contato pouco doloroso. A referida espátula apresenta uma convexidade na face externa, e uma superfície plana na parte interna, o que facilita sua interposição entre os planos tissulares profundos.
Segundo Baumgarth (2003); Burnotte; Duby (1988), O princípio do tratamento se baseia numa abordagem do tipo "centrípeta". Na presença de uma dor localizada num local específico, o terapeuta inicia sua busca palpatória manual das regiões afastadas (proximais e distais) do foco doloroso. Esta busca palpatória segue cadeias lesionais que estão em relação anatômica (mecânica, circulatória e neurológica) com a lesão. Esta concepção permite evitar o aumento da dor, chamado de efeito rebote, conseqüência de um tratamento exclusivamente sintomático.
A técnica da crochetagem divide-se em três fases sucessivas: Palpação digital, palpação instrumental e fibrólise. Há ainda, a técnica perióstea a drenagem.
A palpação digital consiste em uma espécie de amassamento digital, realizado com a mão esquerda, que permite um delineamento da área a ser tratada. A palpação instrumental, realizada com o gancho que melhor se adapte a estrutura a ser tratada, serve para a localização precisa das fibras conjuntivas aderentes e os corpúsculos fibrosos, e é realizada colocando-se a espátula do gancho junto ao dedo indicador da mão esquerda.
A fibrólise consiste em uma tração complementar, realizada com a mão que segura o gancho, ao final da fase de tração instrumental. Essa fase corresponde ao tempo terapêutico.
A técnica perióstea se caracteriza por uma raspagem superficial da estrutura anatômica a ser tratada, com uma associação entre a utilização do gancho e uma mobilização manual do tecido periósteo. É indicada para descolamento de áreas de inserções ligamentares e tendíneas.
A drenagem consiste no deslizamento superficial da superfície convexa do gancho maior sobre as estruturas miofasciais, a fim de promover relaxamento e aumento do aporte sanguíneo.
Embora seja um recurso manipulativo de tecidos corpóreos e, portanto, esteja no âmbito da Fisioterapia, esta técnica não é de domínio exclusivo dela. Por ser recente, existe pouca bibliografia a respeito, sendo na maioria em francês e alemão (BAUMGARTH, 2003).
O tratamento da fascite plantar, através da crochetagem, não objetiva somente o pé e a fascia plantar. A musculatura posterior da perna deve ser abordada, em função de sua ligação com a etiologia da doença (BAUMGARTH, 2004; NATIVIDADE, 2004).
O tratamento começa por um alongamento da musculatura do tríceps sural, que pode ser substituído pela fibrólise (tração), seguido de uma raspagem da fascia plantar com o bordo menor do gancho, para que ocorra uma hiperemia do tecido. Em seguida, é realizada uma drenagem, com o lado maior do gancho, sempre no sentido distal para proximal, objetivando melhorar a irrigação, através da irritação da fascia plantar. O tratamento segue no tendão calcâneo, que é tracionado com o bordo menor do gancho, objetivando diminuir a tensão causada pelo tensionamento da musculatura do tríceps sural. Por último, a musculatura do tríceps sural será ganchada com o lado maior do gancho, e em seguida será drenada no sentido distal para proximal. Após todo o procedimento com o gancho, uma nova seqüência de alongamentos pode ser realizada, a fim de melhorar a resposta do corpo ao tratamento (BAUMGARTH, 2004; NATIVIDADE, 2004).
Os resultados práticos observados na utilização da crochetagem no tratamento da fascite plantar estão de acordo com os objetivos gerais do tratamento desta afecção, por demonstrarem diminuição da tenção da musculatura posterior da perna e tendão calcâneo, bem como a diminuição do processo inflamatório na fascia plantar e analgesia (JORDÃO, 2004).

Materiais e Métodos

O presente estudo avaliou a técnica da crochetagem em um paciente de 35 anos de idade, músico profissional, sedentário, portador de fascite plantar bilateral há aproximadamente quatro anos, sem ter se submetido a tratamento clínico ou fisioterapêutico; apenas utilizando recursos paliativos como alongamentos esporádicos e massagens. O tratamento foi realizado em domicilio do próprio paciente, durante cinco semanas, com duas sessões semanais, totalizando dez sessões. Foram utilizadas como parâmetros de avaliação, as dores referidas pelo paciente em região medial do calcâneo, ao ficar em posição ortostática e à palpação da tuberosidade medial do calcâneo, antes e depois do tratamento. Para quantificação da dor, foi utilizada uma escala de graduação, onde o paciente quantifica visualmente sua dor ao longo de uma linha continua de 10cm, sendo zero ausência total de dor, e 10 dor mais grave (MAGEE, 2OO2). A avaliação limitou-se à quantificação visual da dor, uma vez que a perda funcional decorrente da fascite limita-se à dificuldade de realizar atividades que incluem corridas e apoio ortostático (HEBERT et. al.. 2003; RIDDLE et, al. 2004). As sessões tiveram duração média de 30 minutos, e constaram somente da utilização da crochetagem, devido à praticidade no transporte do instrumental e aplicação da técnica. Durante o tratamento, o paciente não foi orientado a utilizar nenhum outro tipo de recurso.
O tratamento foi realizado em uma maca, com o paciente em posição prona e supina, de acordo com a técnica utilizada.
Inicialmente, com o paciente em decúbito ventral, foi realizada a fibrólise da musculatura da panturrilha, com ênfase na porção medial do gastrocnêmio, e do tendão calcâneo, tracionando todo o trajeto da musculatura com a parte côncava do gancho maior (Figura1) e o tendão com a parte côncava do gancho menor. Em seguida, ainda com o paciente em decúbito ventral, foi realizada a técnica perióstea, raspando com a espátula do gancho menor, orientada pela ponta do dedo indicador, os bordos medial, posterior e lateral do calcâneo e a fascia plantar; seguido da fibrólise (tração) da aponeurose plantar, com o gancho menor (Figura 2). Na seqüência, a drenagem da região plantar, no sentido disto proximal, em decúbito dorsal (Figura 3). Por ultimo, novamente em decúbito ventral, foi realizada a drenagem da musculatura da panturrilha. O procedimento de drenagem, tanto da fascia plantar, quando da musculatura, foi realizado com a parte convexa do gancho maior.

Figura 1 – Fibrólise da musculatura da panturrilha

Figura 2 – Fibrólise da aponeurose plantar


Figura 3 – Drenagem da região plantar
Resultados e discussão

Na avaliação inicial, o paciente quantificou sua dor como grau 8 em posição ortostática e grau 9 à palpação em pé direito; e grau 6 em posição ortostática e grau 6 à palpação em pé esquerdo (figura 4). Após as dez sessões, quantificou em grau 4 em posição ortostática e grau 4 à palpação em pé direito; e ausência de dor (grau zero) em posição ortostática e grau 2 à palpação em pé direito (figura 5). Relatou também melhora considerável em suas atividades da vida diária, uma vez que as mesmas eram significativamente limitadas pela dor. A ausência total de dor no pé esquerdo e a importante diminuição no pé direito, quando em ortostatismo, permitiram ao paciente um melhor rendimento em suas atividades profissionais, uma vez que necessita passar horas em pé.

Figura 4 – Avaliação da dor antes do tratamento


Figura 4 – Avaliação da dor após o tratamento
Os resultados deste estudo não podem ser considerados generalizados a uma população, haja vista, que o mesmo foi realizado sobre um único caso. Entretanto, vale a pena ressaltar a importância de se investigar novos recursos no tratamento desta afecção que se não incapacita, leva ao menos à limitação das atividades diárias e desportivas (HAMER et. al.,2003). No caso em questão, o paciente tinha suas atividades profissionais restritas pela dor, e evitava o engajamento em atividades físicas pelo mesmo motivo. De acordo com esta investigação, a crochetagem parece ser um recurso eficiente no tratamento sintomático da fascite plantar, uma vez que reduziu consideravelmente a sintomatologia do paciente, promovendo assim uma maior funcionalidade e bem estar. Isso se deu pela diminuição da tensão sobre a aponeurose plantar, diminuição da rigidez e aderências do tendão calcâneo e músculo gastrocnêmio, e aumento do aporte sangüíneo, auxiliando no combate ao processo inflamatório e na analgesia, atingindo dessa forma, de maneira direta, os objetivos gerais do tratamento desta infecção, preconizados pelos autores estudados. A diminuição da dor referida, principalmente em posição ortostática, onde ouve ausência total de dor no pé esquerdo, após o tratamento; permitiu ao paciente uma maior funcionalidade, principalmente no que diz respeito à deambulação e ao ortostatismo por tempo prolongado, que são as atividades diretamente prejudicadas pela fascite plantar, de acordo com Hebert et. al. (2003). Para Jordão (2003), ao comprometer a deambulação e o ortostatismo do indivíduo, a fascite plantar pode afetar sua saúde em seu aspecto social. Ainda segundo este autor, a crochetagem pode promover um retorno rápido às atividades diárias e profissionais, o que pôde ser verificado neste estudo de caso. Cabe, no entanto, observar que o tratamento efetivo da fascite plantar envolve não só o tratamento sintomático, mas também o combate às causas da doença, que podem estar associadas a causas intrínsecas como obesidade e características biomecânicas; e a causas extrínsecas, como tipo de vida, atividades repetitivas que podem levar a microtraumatismos, e até mesmo, calçados inadequados (BUSSIÈRES, 2002; TOKARS et. al., 2003).

Conclusão

Apesar da praticamente inexistente referencia sobre a crochetagem, que nos permitam uma melhor fundamentação, o presente estudo de caso demonstrou que foi possível reduzir consideravelmente os sintomas no pé direito, e praticamente eliminá-los no pé esquerdo do paciente, permitindo que o mesmo retornasse às suas atividades diárias e profissionais, dependentes da deambulação e da permanência em posição ortostática. Cabe observar que a praticidade no transporte e utilização do instrumento (gancho), a inexistência de custos adicionais; bem como a facilidade na aplicação da técnica, tornam a crochetagem bastante atraente como recurso terapêutico no tratamento da fascite plantar. Maiores estudos se fazem necessários, utilizando uma amostragem maior, e parâmetros de controle mais específicos, assim como outras modalidades terapêuticas, para que a influência da técnica seja realmente verificada. Por ser uma técnica ainda pouco conhecida no Brasil, e sem publicações científicas, maior investigação sobre a crochetagem devem ser feitas, para uma maior compreensão de seus efeitos e aplicabilidades, oferecendo aos fisioterapeutas, alternativas nos tratamentos das afecções do aparelho locomotor.

Pilates em pacientes de lesão medular

O Pilates é um método de condicionamento físico baseado em 6 princípios fundamentais Concentração, Controle, Power house (CORE), Movimento Fluido, Respiração e coordenação motora. Nascido em 1880, Joseph Pilates criou um repertório de exercícios que eram executados no solo, residente na Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial foi feito prisioneiro e transferido a um campo de trabalho britânico, onde aprimorou seus movimentos com auxilio de molas e macas para reabilitar soldados feridos.

Podemos citar como benefícios do Pilates:
- alongamento e maior controle corporal;
- correção postural;
- avaliação da flexibilidade;
- tônus e força muscular;
- alívio de tensões estresse e dores crônicas;
- desenvolvimento da consciência corporal;
- melhora da mobilidade das articulações;
- estimulação do sistema circulatório e oxigenação do sangue;
- fortalecimento dos órgãos internos;
- trabalho da respiração;
- aumento da sensação geral de bem estar.

Até pouco tempo atrás, o tratamento de pacientes com lesão medular estava restrito à prevenção de danos á medula espinhal, limitando o tratamento fisioterápico á reabilitação intensiva. Com o aumento da expectativa de vida dos pacientes com lesão medular, o processo de reabilitação desviou-se da preocupação de sobrevivência para a melhoria da qualidade de vida e o aumento da independência funcional.

A evolução dos pacientes portadores de lesão medular, assim como as respostas destes as aulas de Pilates, são imprevisíveis. As funções sensitivas, motoras e funcionais preservadas abaixo do nível da lesão apresentam padrões variáveis de recuperação. É importante que o paciente tenha o mínimo de controle de tronco para freqüentar as aulas, alguns exercícios podem ser feitos na própria cadeira de rodas.

Os diferenciais biomecânicos que o Pilates oferece ao aluno cadeirante como crescimento axial, respiração, concentração, estabilização do tronco, diminuição do impacto articular, auxiliam esses alunos, nas atividades de vida diárias. Devemos trabalhar bem a questão do aumento d força em membros superiores vez que esta musculatura sofre sobrecarga. É importante gerar uma harmonia dos movimentos estimulando as estruturas proprioceptoras proporcionando maior coordenação motora na execução das atividades diárias.

É importante lembrarmos que na respiração utilizamos muito a mobilidade de todo tórax, que estimula a contração de músculos respiratórios importantíssimos e dificultando o aparecimento de possíveis patologias relacionadas à respiração (ex.: pneumonias).

O Pilates por trabalhar órgãos internos e musculaturas profundas, pode estimular o bom funcionamento intestinal também. Sendo assim, importante para este público que passa a maior parte do tempo na mesma posição. "Muitos alunos nos relatam este tipo de melhora", dizem Tatiana e Beatriz.

Exercícios específicos para controle e sustentação do tronco, fortalecimento de membros superiores para facilitar transferências de peso para outros locais (cama, cadeira, sofá) e estímulos de equilíbrio", explicam as especialistas.

Lembrando que mesmo aqueles que precisam de auxilio para realizar os exercícios, devem sempre ter em mente que ele será responsável pelos cuidados com o próprio corpo, afirmam Beatriz e Tatiana.

Os exercícios da nossa pratica cotidiana adaptados que proporcionaram aos nossos alunos:

-Independência e Autonomia;
-Auto Valorização, Auto Estima, Auto Imagem;
-Melhora da função nos aparelhos circulatório, digestivo, respiratório e excretor;
-Melhora da Força e Resistência muscular em Membros Superiores e Tronco;
-Desenvolvimento do equilíbrio estático e dinâmico.

Dr. Daniel D´Attilio